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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Torcida do PSG estende bandeirão pró-Palestina durante jogo da Liga dos Campeões

O ministro do Interior da França atacou os torcedores do Paris Saint-Germain depois que eles exibiram uma faixa gigante “Palestina Livre” durante a partida de futebol da Liga dos Campeões. A UEFA descartou a possibilidade de sancionar o clube, pois a faixa não era um insulto. A ação ocorre oito dias antes de a França jogar contra Israel em Paris.

Torcedores do time francês Paris Saint-Germain (PSG) estenderam uma enorme bandeira com os dizeres “Palestina livre” nas arquibancadas do Estádio Parc des Princes, em Paris, nesta quarta-feira (6), durante partida contra o Atlético de Madrid pela Liga dos Campeões da UEFA — União das Federações Europeias de Futebol.

Em uma faixa menor, sob o bandeirão, reforçaram os torcedores, em francês: “Guerra nos campos, paz no mundo”.

A bandeira — com 50 metros de extensão por 20 metros de altura, atrás do gol — ostentou uma imagem do Domo da Rocha, cartão-postal de Jerusalém ocupada, além da figura de um combatente da resistência, uma bandeira libanesa e um mapa da Palestina histórica com a padronagem de um keffiyeh — o lenço tradicional palestino.

Durante a partida, a torcida exibiu outra mensagem: “As vidas das crianças de Gaza valem menos do que as outras?”

O incidente ocorreu oito dias antes da França receber a seleção israelense em Paris para uma partida da Liga das Nações da UEFA.

Diante do episódio, o ministro do Interior da França, Bruno Retailleau, ameaçou sanções ao clube, ao alegar que a mensagem seria “inaceitável”.

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“Não descarto nada”, afirmou o ministro nesta quinta (7), a uma rádio local. “Quero saber mais. O chefe de polícia de Paris (Laurent Nunez) me explicou o que ocorreu … mas exijo que os responsáveis sejam punidos”.

A UEFA contrapôs, contudo, ao negar medidas disciplinares contra o clube ou sua torcida. “O bandeirão exibido neste caso não pode ser considerado ofensa ou provocação”, disse um porta-voz da federação.

No ano passado, pouco após eclodir o genocídio em Gaza, o clube escocês Celtic chegou a ser mutado em US$19 mil por bandeiras palestinas exibidas por sua torcida em um jogo da Liga das Campeões. No entanto, torcedores desafiaram a proibição desde então.

Apesar de estar localizado na Ásia Ocidental, o Estado colonial disputa jogos pela Europa. A participação israelense ignora ainda apelos da Associação de Futebol de Palestina para seu banimento dos torneios e eventos da Federação Internacional de Futebol (FIFA).

Em julho, a FIFA postergou uma decisão sobre o requerimento a 31 de agosto, ao permitir que Israel participasse do torneio de futebol masculino das Olimpíadas de Paris. Porém, adiou novamente a deliberação ao fim de outubro — ainda aberta.

A Confederação de Futebol Asiática (AFC) declarou apoio à solicitação palestina.

No Brasil, coletivos pró-Palestina — como Frente Palestina São Paulo, Juventude Sanaúd, BDS Brasil, entre outros — lançaram uma campanha para que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol) se somem às denúncias.

A eventual suspensão de Israel na FIFA tem precedente.

Em 1961, a federação desportiva baniu a África do Sul devido ao regime de apartheid; em 1992, foi a vez da Iugoslávia, devido às violações nos Balcãs, após a emissão de sanções da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em 2022, FIFA e UEFA agiram rapidamente para suspender a Rússia pela invasão militar contra a Ucrânia.

Israel mantém seus ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com mais de 43 mil mortos e cem mil feridos, além de dois milhões de desabrigados. Entre setembro e outubro, Israel intensificou ainda ataques ao Líbano, com três mil mortos e 13 mil feridos, além de 1.3 milhão de deslocados à força.

Nesta quarta, ataques israelenses mataram ao menos 30 pessoas em Baalbek, no vale do Bekaa, reportou o governo local, além de ataques ao sul de Beirute.

Israel age em desacato a resoluções por cessar-fogo do Conselho de Segurança, além de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, onde é réu por genocídio desde janeiro.

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Palestina: quatro mil anos de história
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