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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Drone israelense atinge rapaz com síndrome de Down em Tulkarm, na Cisjordânia

Ruas destruídas por forças israelenses em Tulkarm, na Cisjordânia ocupada, em 7 de novembro de 2024 [Issam Rimawi/Agência Anadolu]

Um rapaz palestino com síndrome de Down, junto de sua mãe, foi ferido gravemente por um ataque israelense a drone contra um campo de refugiados em Tulkarm, na Cisjordânia ocupada, reportou a agência de notícias Wafa.

Hassan Muhammad Hamdan, de 30 anos de idade, e sua mãe, Siham Hamdan, 57 anos, sofreram ferimentos na cabeça, transferidos às pressas ao Hospital Público de Thabet por ambulâncias do Crescente Vermelho.

Conforme Faisal Salama, chefe do Comitê Popular para Prestação de Serviços do campo de Tulkarm, o drone militar israelense alvejou diretamente residentes na região central, ao ferir pelo menos cinco pessoas, incluindo Hassan e sua mãe.

Salama descreveu as condições do campo, sob invasão brutal e indiscriminada de Israel, como uma “guerra feroz” do exército ocupante contra a população, incluindo drones que sobrevoam a área desde o início do ataque, causando pânico e tensões.

Tratores militares de Israel também adentraram no campo, com enfoque na destruição de infraestrutura civil nas zonas residenciais de al-Muqata’a, al-Balawneh e al-Madaris, além da Praça Hanoun. Casas foram destruídas e acessos, obstruídos.

Franco-atiradores israelenses permanecem ainda sobre os telhados, disparando munição real contra cidadãos comuns, prosseguiu a Wafa.

LEIA: Família de Gaza acusa Israel de matar palestino com síndrome de Down

Diversas residências foram invadidas, assim como Mesquita de Al-Shuhada, no bairro de al-Murabba’a.

Israel justificou suas ações como de praxe: para capturar supostos “terroristas”. Contudo, não conduziu quaisquer prisões, apesar da violência e do cerco imposto por reforços aos campos de Tulkarm e Nour Shams.

Segundo informações, um rapaz palestino morreu em Nour Shams.

Israel intensificou suas ações na Cisjordânia ocupada, incluindo pogroms contra cidades e aldeias, no contexto do genocídio em Gaza.

Na Cisjordânia, são 770 mortos e 6.300 feridos, além de 11 mil presos políticos abduzidos sob uma campanha de prisão em massa que dobrou a população carcerária palestina. A maioria dos palestinos continua em custódia sob “detenção administrativa” — isto é, sem julgamento ou sequer acusação; reféns, por definição.

Em Gaza, são 43 mil mortos e cem mil feridos, além de dois milhões de desabrigados, sob cerco absoluto, e dezenas de milhares de desaparecidos — mortos sob os escombros ou levados a “campos de concentração” israelenses em localidades desconhecidas.

Israel é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

A mesma corte, em decisão histórica, reconheceu em julho a ilegalidade da ocupação na Cisjordânia e Jerusalém Oriental, ao instruir evacuação imediata de soldados e colonos e reparações aos nativos.

A medida foi consagrada — por ampla maioria de votos — como resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, com prazo de um ano para ser implementada.

LEIA: A violência sádica de Israel na guerra contra Gaza

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