A Organização das Nações Unidas (ONU) advertiu nesta quinta-feira (7) para a acelerada deterioração das condições no norte de Gaza, onde toda a população enfrenta “iminente risco de morte por doenças, fome e violência”.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
Stephanie Tremblay, porta-voz do Escritório para Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA), notou a jornalistas que “a única ajuda que conseguiu entrar no norte desde o início do sítio israelense em curso, há um mês, abrangeu pouquíssimos suprimentos para os hospitais, durante missões de evacuação médica”.
“A ofensiva israelense está efetivamente privando os palestinos de seu acesso a insumos essenciais a sua sobrevivência, incluindo água”, reafirmou. “Trabalhadores humanitários não estão seguros e são regularmente obstruídos de fazer seu trabalho ou chegar àqueles que precisam, pelas forças de Israel e pela insegurança”.
“Como alertaram, uma semana atrás, os líderes das Nações Unidas e do Comitê de Ação Interagências, toda a população do norte de Gaza está diante do iminente risco de morte por doenças, fome e violência”, acrescentou.
Trembley observou ainda que os palestinos da região “não tem, absolutamente, nenhuma proteção”, à medida que Israel mantém seus ataques. Neste sentido, reforçou apelos pela proteção dos civis — “no norte e em toda Gaza”.
“Hoje, pessoas radicadas nas diferentes províncias de Gaza, sobretudo norte, receberam mais outra ordem de evacuação das autoridades de Israel”, concluiu a oficial, ao estimar 14 mil pessoas sucessivamente deslocadas em abrigos da região.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza há 13 meses, com 43 mil mortos, cem mil feridos e dois milhões de desabrigados, sob cerco militar absoluto — sem comida, água, combustível ou medicamentos.
As ações são desacato a resoluções por cessar-fogo do Conselho de Segurança, além de ordens cautelares por fluxo humanitário do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, onde Israel é réu por genocídio desde janeiro.
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