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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Bombardeio israelense mata e fere palestinos à espera de comida

Crianças palestinas aguardam assistência alimentar no campo de refugiados de Nuseirat, na região de Deir al-Balah, na Faixa de Gaza sitiada, em 12 de novembro de 2024 [Hassan Jedi/Agência Anadolu]

Forças israelenses executaram um novo massacre, na noite desta terça-feira (12), contra palestinos que aguardavam assistência alimentar em um prédio residencial perto da orla mediterrânea de Gaza, reportou a agência Anadolu.

O ataque, perto do salão de al-Qahira, na Cidade de Gaza, norte do enclave, sucede mais de um mês de escalada israelense contra a região, incluindo cerco militar reforçado, sem água, comida ou medicamentos.

Os ataques aéreos coincidiram com ordens de evacuação, minutos antes, após a entrada de apenas dez caminhões assistenciais na região, os primeiros em semanas autorizados pelas forças ocupantes, sem sequer tempo de distribuição.

Neste entremeio, a crise alimentar em Gaza voltou a se agravar, com áreas sob escassez crítica de alimentos devido às restrições de acesso humanitário impostas por Israel.

Apesar da sequência de fatos, a gestão democrata do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alegou, nesta terça, que Israel não descumpriu suas metas e prazos de assistência humanitária, estabelecidas há 30 dias — antes das eleições.

LEIA: Israel descumpre metas dos EUA para assistência humanitária a Gaza

Testemunhas reportaram um ataque direto israelense a um prédio residencial que recebia diversas pessoas em busca de ajuda, resultando em múltiplos mortos e feridos. Corpos e feridos permanecem no local, com acesso restrito de ambulâncias.

Alguns feridos foram transportados para tratamento ao Hospital al-Shifa, maior complexo médico de Gaza — vitimado por duas incursões israelenses que destruíram a maior parte de sua estrutura, em novembro e março deste ano.

Israel mantém seus ataques indiscriminados a Gaza em desacato de uma resolução por cessar-fogo do Conselho de Segurança e medidas cautelares por desescalada e acesso humanitário do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

Em Gaza, são 43.700 mortos, 103 mil feridos e dois milhões de desabrigados.

LEIA: Israel usa fome e sede para exterminar os palestinos, denuncia Hamas

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