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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Torcida grega exibe bandeiras palestinas durante jogo de basquete contra Israel

Torcedores do clube de basquete Panathinaikos exibem faixa com os dizeres “Parem o genocídio. Palestina libre”, durante partida entre o Panathinaikos de Atenas e o Maccabi Tel Aviv, na capital da Grécia, em 12 de novembro de 2024 [Andreas Papakonstantinou/Agência Anadolu]

Torcedores do clube de basquete Panathinaikos de Atenas exibiram bandeiras do Líbano e da Palestina, além de cartazes e faixas, durante uma partida nesta terça-feira (12) contra o clube israelense Maccabi Tel Aviv, pela Liga Europeia Turkish Airlines, na capital grega.

Entre as manifestações, nas arquibancadas do ginásio olímpico Oaka Altion, palavras de ordem como “Parem o genocídio” e “Palestina livre”, em referência aos ataques de Israel a Gaza, desde outubro de 2023.

A partida, pela nona rodada da Liga Europeia de basquete, terminou em 93 a 87 a favor do Panathinaikos de Atenas.

O governo da Grécia havia ampliado a segurança para o jogo, após hooligans do Maccabi Tel Aviv incitarem tumultos em Amsterdã, na semana passada, na ocasião de uma partida de futebol contra o Ajax holandês.

Vídeos compartilhados online registraram ataques dos turistas israelenses contra taxistas e vandalização de casas, além de cantos abertamente racistas.

Entre os gritos da torcida sionista, registrados nas ruas de Amsterdã: “Morte aos árabes”, “Que o exército vença e f**a os árabes” e “Não tem escolas em Gaza porque acabaram as crianças”.

Apesar de radicado na Ásia Ocidental, Israel e seus clubes disputam partidas pela União das Federações Europeias de Futebol (UEFA) — o mesmo vale a outras modalidades.

LEIA: Aos gritos de ‘morte aos árabes’, hooligans israelenses invadem Amsterdã

A turnê israelense na Europa é marcada por protestos. Na última semana, em jogo contra o Atlético de Madrid pela Liga dos Campeões, fãs do Paris Saint-Germain (PSG) ergueram um bandeirão com os dizeres “Palestina livre”, no estádio Parc des Princes.

Torcida do clube francês Paris Saint-Germain (PSG) estende bandeira pró-Palestina nas arquibancadas do Parc des Princes, em partida da Liga dos Campeões da UEFA contra o Atlético de Madrid, em Paris, 6 de novembro de 2024 [Ibrahim Ezzat/Agência Anadolu]

Para partida de futebol nesta quinta-feira (14), entre as seleções nacionais da França e de Israel, a polícia parisiense, no entanto, baniu bandeiras palestinas, após a administração em Tel Aviv orientar seus cidadãos a não comparecerem.

A participação israelense nos diferentes campeonatos europeus e internacionais ignora, porém, apelos pró-Palestina para seu banimento em eventos da Federação Internacional de Futebol (FIFA), Comitê Olímpico Internacional (COI) e outras entidades esportivas.

Em julho, a FIFA postergou uma decisão sobre o requerimento a 31 de agosto, ao permitir que Israel participasse do torneio de futebol masculino das Olimpíadas de Paris. Porém, adiou novamente a deliberação ao fim de outubro — ainda aberta.

A Confederação de Futebol Asiática (AFC) declarou apoio à solicitação palestina.

No Brasil, coletivos pró-Palestina — como Frente Palestina São Paulo, Juventude Sanaúd, BDS Brasil, entre outros — lançaram uma campanha para que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol) se somem às denúncias.

A eventual suspensão de Israel na FIFA tem precedente.

Em 1961, a federação desportiva baniu a África do Sul devido ao regime de apartheid; em 1992, foi a vez da Iugoslávia, devido às violações nos Balcãs, após a emissão de sanções da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em 2022, FIFA e UEFA agiram rapidamente para suspender a Rússia pela invasão militar contra a Ucrânia.

LEIA: Por que a Europa deveria estar preocupada com os acontecimentos em Amsterdã?

Israel mantém seus ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com mais de 43 mil mortos e cem mil feridos, além de dois milhões de desabrigados. Entre setembro e outubro, Israel intensificou ainda ataques ao Líbano, com três mil mortos e 13 mil feridos, além de 1.3 milhão de deslocados à força.

Israel age em desacato a resoluções por cessar-fogo do Conselho de Segurança, além de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, onde é réu por genocídio desde janeiro.

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