Mais de mil médicos e enfermeiros foram mortos pela campanha israelense contra Gaza, dentro de 13 meses, confirmaram autoridades locais neste domingo (24), de acordo com informações da agência Anadolu.
“Mais de 310 profissionais de saúde foram presos, torturados e executados em custódia”, acrescentou o gabinete de imprensa do governo em Gaza, em comunicado oficial.
“O exército israelense também impede a entrada de suprimentos médicos, delegações de saúde e centenas de cirurgiões necessários em Gaza”, reiterou.
Segundo o alerta, Israel ataca sistematicamente hospitais e clínicas a fim de inutilizar os serviços de saúde em Gaza e expulsar à força a população do enclave.
“Hospitais foram declarados alvos pelo exército israelense, que bombardeou, sitiou e até mesmo invadiu alguns deles, matando médicos e enfermeiros e ferindo outros”, observou a nota.
No sábado (23), Hussan Abu Safiya, diretor do Hospital Kamal Adwan, em Beit Lahia, no norte de Gaza, foi ferido por um ataque aéreo israelense contra o centro de saúde e áreas ao redor, somando-se a violações flagrantes contra instalações protegidas.
Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza há 13 meses, com 44 mil mortos, 105 mil feridos e dois milhões de desabrigados sob cerco total — sem comida, água, eletricidade ou medicamentos. Dentre as fatalidades, cerca de 17 mil são crianças.
Israel é réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.
Na última quinta-feira, 21 de novembro, o Tribunal Penal Internacional, também em Haia, emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant.