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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Papa Francisco condena a ‘arrogância dos ocupantes’ na Palestina e na Ucrânia

Papa Francisco atende audiência no Vaticano, em 7 de agosto de 2024 [Riccardo De Luca/Agência Anadolu]

O Papa Francisco condenou nesta segunda-feira (25) o que descreveu como a “arrogância dos ocupantes” na Palestina e na Ucrânia, uma semana depois de abordar as acusações de genocídio contra Israel.

Durante evento no Vaticano para celebrar o 40º aniversário do tratado de paz entre Chile e Argentina, Francisco falou dos “conflitos armados em curso” e o “sofrimento imenso” que eles causam.

“Recordo dois enormes fracassos da humanidade hoje: Ucrânia e Palestina, onde a dor é sem tamanho e a arrogância do ocupante impede o diálogo”, afirmou o pontífice a líderes religiosos e diplomatas presentes, em um pronunciamento improvisado.

Francisco voltou a condenar o comércio de armas, ao aludir à “hipocrisia de falar de paz enquanto se trava a guerra”.

Para ele, o diálogo deve ser a essência da comunidade internacional.

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Francisco costuma oferecer orações aos civis de Gaza e da Ucrânia, além de rogar pela soltura dos colonos e soldados capturados pelo movimento Hamas em outubro de 2023, em uma ação transfronteiriça cuja retaliação israelense matou 44 mil pessoas.

Em 14 de novembro, Francisco recebeu 16 ex-reféns israelenses no Vaticano.

Na semana passada, o líder católico admitiu que a comunidade internacional deve olhar para a possibilidade de que a campanha israelense em Gaza constitua genocídio, em uma de suas críticas mais explícitas ao Estado ocupante em um ano.

Em seu novo livro, Esperança, Francisco disse: “Segundo alguns especialistas, o que está acontecendo em Gaza tem as características de genocídio”.

Trechos foram publicados neste domingo (23) pelo jornal italiano La Stampa, à véspera do lançamento na próxima terça-feira, 3 de dezembro.

Em setembro, ao alertar que Tel Aviv excedeu as regras da guerra, declarou Francisco: “Os ataques de Israel em Gaza e no Líbano são imorais e desproporcionais”.

Seu mandato representa a primeira vez que a Igreja Católica Apostólica Romana, por meio de sua liderança e seus sermões, condena publicamente as políticas adotadas por Israel na Palestina ocupada.

LEIA: Netanyahu critica o Papa Francisco após pedir investigação internacional sobre o genocídio de Israel em Gaza

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