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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel deteve 435 mulheres na Cisjordânia em 13 meses, estima relatório

Mulheres palestinas protestam contra “revista íntima” realizada por forças israelenses em Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada, 10 de setembro de 2023 [Mustafa Hassona/Agência Anadolu]

Autoridades da ocupação israelense detiveram ao menos 435 mulheres na Cisjordânia — incluindo Jerusalém Oriental — desde a deflagração de seu genocídio em curso em Gaza sitiada, em outubro de 2023.

Um relatório emitido nesta segunda-feira (25) pela Sociedade dos Prisioneiros Palestinos — ong que monitora a pauta dos prisioneiros políticos —, para marcar o Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, reiterou, porém, que não há estimativa clara do número de palestinas detidas na Faixa de Gaza, muitas delas desaparecidas em campos de detenção, sob condições críticas.

“As mulheres palestinas enfrentam hoje a fase mais sangrenta da história do conflito com a ocupação, incluindo a continuidade do genocídio, além de diversas violações graves e crimes sem precedentes, como a escalada nas detenções e ataques variados, até mesmo violência sexual”, alertou o relatório.

O dossiê confirmou que, desde o início da campanha em Gaza, com a escalada militar e a onda de pogroms coloniais na Cisjordânia, forças israelenses intensificaram a campanha sistemática de prisão contra mulheres e meninas palestinas.

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Mulheres sequestradas, reiterou a ong, são mantidas em custódia como reféns, no intuito de coagir membros da família a se entregarem à ocupação. A política é uma violação clara e endêmica ampliada no presente contexto, atingindo esposas, filhas e mães, com idades de até 70 anos.

O relatório corroborou ainda que o exército ocupante mantém captura ilegal de mulheres de Gaza, incluindo menores e idosas, aglomeradas em campos de concentração de facto, como a penitenciária de Damon.

A ong observou, no entanto, que diante da crise de desaparecimento à força, imposta por Israel, não há dados definitivos sobre o número de prisioneiros e prisioneiras.

Em Damon, contudo, estima-se quatro mulheres palestinas atualmente em custódia, em condições precárias devido a isolamento à força, espancamentos e falta de alimentos ou outros insumos básicos a sua sobrevivência.

Segundo a ong, até o início de novembro, havia ao menos 3.443 palestinos nas cadeias de Israel sob detenção administrativa — sem julgamento ou mesmo acusação —, incluindo 31 mulheres, entre as quais, jornalistas, advogadas, ativistas e estudantes.

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