Milhares de refugiados sírios começaram a retornar à sua terra natal de países vizinhos após a queda do regime do presidente deposto Bashar Al-Assad.
A maioria dos que retornaram veio da Turquia e do Líbano, enquanto várias nações europeias começaram a suspender os pedidos de asilo de sírios que fogem do governo de Assad.
O ministro das Relações Exteriores turco, Hakan Fidan, disse ontem que Ancara está comprometida em facilitar o retorno voluntário e seguro dos refugiados sírios que hospeda e em contribuir para a reconstrução da Síria.
No domingo, a Turquia esclareceu que não apoiou nem participou dos recentes ataques liderados pela oposição contra as forças de Assad, apesar de apoiar facções da oposição síria por anos. Ancara enfatizou que as novas autoridades sírias devem ser inclusivas e permitir que os sírios decidam seu futuro.
Fidan disse que a Turquia está pronta para ajudar na reconstrução da Síria e está coordenando com todos os “atores relevantes e partes regionais”.
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Os refugiados agora estão vindo de todo o país, incluindo Istambul, Bursa e Kayseri, para se preparar para sua jornada de volta à Síria.
No Líbano, centenas de sírios se reuniram ao longo das estradas e em áreas que levam à travessia da fronteira de Masnaa, preparando-se para retornar para casa. De acordo com o jornal Al-Akhbar, uma fonte de segurança libanesa estimou que mais de 5.000 sírios cruzaram para a Síria por pontos de fronteira legais e ilegais na região de Bekaa.
O fluxo de retornados causou um congestionamento pesado na travessia de Masnaa, levando as autoridades libanesas a abrir as travessias de Zamrani (Arsal) e Matribah (Hermel) e agilizar os procedimentos de saída.
Enquanto isso, a Alemanha anunciou a suspensão das revisões de pedidos de asilo para sírios devido à “incerteza em torno da situação” na Síria após a remoção de Assad. A Alemanha abriga quase um milhão de sírios — o maior número de qualquer país da UE.
O governo interino da Áustria também anunciou a interrupção do processamento de pedidos de asilo de sírios.
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