Depois de passar 33 anos nas prisões do regime sírio de Assad, o libanês Salim Hamawi retornou à sua cidade natal, Chekka, no distrito de Batroun, na província do norte do Líbano, informou o Al-Quds Al-Arabi.
Este evento gerou esperança para o retorno de outras pessoas desaparecidas e detidas, acrescentou o jornal sediado em Londres.
Hamawi foi recebido por uma grande multidão, que foi acompanhada pelo pároco Padre Ibrahim Chahine e pelo membro do Parlamento Adib Abdel Massih.
A Agência Nacional de Notícias relatou: “A Chekka recebeu seu filho liberto, Salim Hamawi, que retornou à sua terra natal após mais de 33 anos de detenção em prisões sírias.”
“Hamawi foi recebido por uma grande multidão em uma atmosfera alegre marcando seu tão esperado retorno. Ele expressou sua felicidade por se reunir com sua família, agradecendo a Deus por lhe dar esta oportunidade de retornar à sua terra natal e entes queridos.”
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Hamawi é um dos primeiros detidos a retornar ao Líbano, um movimento que aumentou as esperanças pela libertação de centenas de outras pessoas desaparecidas e detidas.
Por sua vez, o governo interino libanês decidiu manter a questão dos detidos em prisões sírias sob acompanhamento com o primeiro-ministro e o ministro da justiça, que continuará suas reuniões nos próximos dias com membros da Comissão de Pessoas Desaparecidas em prisões sírias.
O presidente sírio Bashar Al-Assad fugiu do país no domingo depois que combatentes rebeldes chegaram a Damasco apenas dez dias depois de terem tomado o controle da cidade estratégica de Aleppo, no norte. A Rússia confirmou que Al-Assad recebeu refúgio em Moscou “por motivos humanitários”.
Os grupos de oposição começaram a libertar os detidos nas prisões do regime, no entanto, muitos não foram alcançados, pois estão em “cidades subterrâneas” às quais ninguém conseguiu ter acesso.
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