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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel está transformando Rafah em ‘cidade inabitável’, alerta prefeito

Destruição em Rafah, sob ataques de Israel, no extremo sul de Gaza, em 5 de julho de 2024 [Salma Kaddoumi/Agência Anadolu]

Ahmed al-Soufi, prefeito da cidade de Rafah, no extremo sul da Faixa de Gaza, na fronteira com o Egito, denunciou o exército da ocupação israelense por agir para transformar a área em uma zona inabitável, como parte de seus esforços de limpeza étnica.

“As forças israelenses estão demolindo e explodindo prédios residenciais, instalações de serviço e redes de infraestrutura em toda a cidade”, destacou al-Soufi em nota, ao aludir a imagens e declarações compartilhadas pelos próprios soldados.

Conforme o prefeito, as evidências “mostram claramente que o único objetivo em Rafah é sabotagem”, de modo que empreiteiras privadas agem para demolir prédios e transferir os destroços a destinos não-identificados, como “precedente do genocídio”.

“Contratar essas companhias prova a existência de um plano premeditado implementado neste momento pelas forças israelenses para coagir os residentes palestinos a deixarem Rafah”, reafirmou al-Soufi.

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Para o prefeito, é crucial que entidades de direitos humanos e instituições internacionais intervenham “para dar fim a este plano criminoso e proteger o que sobrou dos edifícios e instalações da cidade palestina”.

O exército israelense invadiu Rafah em maio, mediante massacres, fechando a travessia com o Egito e deteriorando ainda mais a catástrofe humanitária que assola o enclave, ao intensificar o cerco — sem comida, água ou medicamentos.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com ao menos 44 mil mortos e 105 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados.

As ações de Israel seguem em desacato de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, onde o Estado colonial é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

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