Portuguese / English

Middle East Near You

Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

‘Alma de minha alma’: Israel mata avô palestino que se tornou ícone em Gaza

Jornalistas e ativistas reportaram a morte de Khaled Nabhan nesta segunda-feira (16), por um bombardeio ao campo de refugiados de Nuseirat, no centro do enclave.

Um cidadão palestino, cuja expressão de luto pela neta de três anos, logo após ser morta por um ataque israelense, viralizou online, no último ano, tornou-se também outra vítima fatal das forças da ocupação no centro de Gaza.

Jornalistas e ativistas reportaram a morte de Khaled Nabhan nesta segunda-feira (16), por um bombardeio ao campo de refugiados de Nuseirat, no centro do enclave.

Khaled se tornou conhecido em novembro de 2023, quando sua neta, Reem, e seu irmão, Tariq, de cinco anos de idade, foram assassinados por um ataque de Israel, em sua casa, também em Nuseirat.

As imagens de Khaled, abraçado ao corpo de sua neta, beijando seus olhos, acarinhando seu rosto e seus cabelos, tomaram as redes sociais. No registro, o avô lamenta a morte da “alma de sua alma”.

Khaled relatou a jornalistas: “Acordamos com o som de alguma coisa caindo sobre nós — um ataque aéreo israelense que atingiu a nossa casa. Fiquei preso nos escombros, cheio de hematomas; minha filha se feriu; meus netos, Reem e Tariq, estavam mortos. A bomba caiu sem aviso, no meio da noite”.

Reem, alma da minha alma, estava comigo todos os dias. Costumávamos brincar a todo instante, ela trazia luz à minha vida. Sua morte deixou minha alma em pedaços. Acordo e vou dormir com lágrimas nos olhos.

Mais de um ano depois, Israel mantém seu genocídio em Gaza, deixando ao menos 45 mil palestinos mortos e 106 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados. As fatalidades incluem cerca de 17 mil crianças, para além de milhares de desaparecidos.

LEIA: 96% das crianças de Gaza creem que a morte é iminente, revela pesquisa

Tempos depois, Khaled — deslocado pela violência de Israel — viralizou novamente ao ser gravado alimentando seus conterrâneos.

Sua postura, diante de tamanha tragédia, ascendeu a símbolo da perda e da resiliência da população palestina de Gaza.

As ações de Israel seguem em desacato de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, onde o Estado colonial é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

LEIA: Drone de Israel mata último ortopedista do norte de Gaza

Categorias
IsraelNotíciaOriente MédioPalestinaVídeos & Fotojornalismo
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments