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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel demole 70 lojas e um prédio na Cisjordânia ocupada

Forças israelenses, junto de tratores, invadem e demolem uma residência na Cisjordânia ocupada, em 13 de novembro de 2024 [Mamoun Wazwaz/Agência Anadolu]

Tropas israelenses conduziram demolições de larga escala na região de al-Dhahiriya, sul da Cisjordânia ocupada, nesta segunda-feira (16), ao destruírem ao menos 70 lojas, além de um prédio de três andares, em obras, pertencentes a palestinos nativos.

As informações são da agência de notícias Ma’an.

Segundo a prefeitura de al-Dhahiriya, as demolições resultaram em milhões de shekels — moeda de uso local — em perdas diretas, assim como grave impacto à renda de centenas de famílias que dependiam dessas lojas.

As forças ocupantes invadiram al-Dhahiriya no início da manhã, com dezenas de veículos militares e tratores. Então, isolaram a área e impediram a movimentação dos residentes, à medida que executavam as demolições.

Durante a operação, soldados ocupantes dispararam gás lacrimogêneo contra residentes que saíram em protesto. Ao menos duas pessoas foram levadas a hospitais por sintomas de asfixia devido ao gás lacrimogêneo.

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As demolições na Cisjordânia e em Jerusalém ocupadas, além de pogroms realizados por colonos e soldados contra palestinos nativos, se intensificaram no contexto do genocídio em Gaza, com 45 mil mortos, 106 mil feridos e dois milhões de desabrigados.

Na Cisjordânia, são mais de 800 mortos, 6.600 feridos e 11 mil presos em uma campanha de massa que dobrou a população carcerária palestina. A maioria dos detidos permanece em custódia sem julgamento ou sequer acusação — reféns, por definição.

As ações de Israel seguem em desacato de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, onde o Estado colonial é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

A mesma corte reconheceu em julho, em decisão histórica, a ilegalidade da ocupação na Cisjordânia e Jerusalém, ao ordenar evacuação imediata de colonos e soldados, além de reparações aos nativos.

A recomendação de Haia, em setembro, evoluiu a resolução aprovada por maioria de dois terços da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), com prazo de um ano para ser implementada.

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