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Operações encontram vala comum em Daraa, com vítimas de Assad

Desde a queda de Assad, operações encontram valas comuns em diversas áreas da Síria. Em Daara, trincheiras repletas de corpos foram escavadas. Evidências indicam morte sob tortura na prisão de Sednaya. Autoridades tentam agora identificar os mortos.

Novas covas coletivas foram encontradas na província de Daraa, no sul da Síria, contendo corpos cujas evidências indicam se tratar de civis mortos pelo regime de Bashar al-Assad, presidente deposto há uma semana, após 13 anos de guerra civil.

Após o colapso do regime de décadas do Baath, múltiplas covas coletivas passaram a ser encontradas no país, como parte de operações de busca e resgate somadas a esforços de reconstrução. Vídeos das valas comuns viralizaram nas redes sociais.

Segundo o website local Daraa 24, a vala comum foi encontrada em uma fazenda perto da cidade de Izraa, no centro rural da província. O local era controlado por uma milícia ligada à Polícia Militar do antigo regime.

Fontes confirmaram que os residentes exumaram 24 corpos. Equipes médicas e forenses seguiram à área para periciar as vítimas e tentar identificá-las.

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Alguns dos corpos, no entanto, segundo as informações, podem estar enterrados há mais de dez anos.

A agência Anadolu confirmou nesta segunda-feira (16) a descoberta de ao menos 12 valas comuns somente na província de Daraa. Outras covas coletivas foram encontradas ainda na região de al-Hussainia, no interior de Damasco, com centenas de mortos.

Segundo evidências, os corpos pertenciam a prisioneiros políticos, provavelmente mortos sob tortura, nas prisões do regime, recentemente abertas por rebeldes e populares desde a queda de Assad, revelando violações gravíssimas.

Conforme estimativas oficiosas, o cemitério não-demarcado de al-Hussainia contém em torno de 75 mil corpos, sobretudo de presos do regime mortos entre 2012 e 2016.

Assad, que governou a Síria com mão de ferro por quase 25 anos, fugiu à Rússia há uma semana, sob um avanço relâmpago da oposição, que arrematou a revolução deflagrada pela repressão brutal do regime a protestos populares por democracia.

Estima-se até 500 mil de mortos pela guerra na Síria, que deslocou metade da população, sobretudo ao exterior, em uma crise de refugiados sem precedentes.

LEIA: Regime sírio usou mais de 70 métodos de tortura em 50 centros de detenção

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