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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Ações de Israel impedem retorno de 178 mil libaneses, reporta OCHA

Libaneses tentam retornar a suas casas após acordo de cessar-fogo entre Israel e Hezbollah, em Nabatiyeh, na região de Beirute, em 7 de dezembro de 2024 [Murat Sengül/Agência Anadolu]

O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) reportou que ao menos 178.817 civis libaneses não conseguiram retornar a suas casas no sul do país, apesar de um acordo de cessar-fogo, devido às violações de Israel.

As informações são da agência de notícias Anadolu.

Em relatório publicado nesta segunda-feira (17), sobre a conjuntura no Líbano entre 6 e 12 de dezembro, a agência das Nações Unidas estimou que 902.717 civis retornaram a suas casas, mas que o índice supracitado permanece deslocado.

Segundo as estimativas, cerca de 55 mil sírios também retornaram a seu país desde 27 de novembro, quando o cessar-fogo entrou em vigor, encerrando 14 meses de disparos entre Israel e Hezbollah, embora violado mais de 225 vezes pelo lado israelense.

LEIA: Israel destrói prédios no Líbano em mais violações ao cessar-fogo

O acordo demanda três movimentações: retirada de Israel para além da Linha Azul, limite entre os países, dentro de até 60 dias; retirada do Hezbollah para além do rio Litani, mais ao norte; e emprego do exército libanês na zona neutra, para monitorar o processo.

A implementação é responsabilidade das partes mediadoras — Estados Unidos e França —, embora detalhes de seu mecanismo permaneçam vagos.

A agressão israelense ao Líbano resultou em 4.061 mortes e 16.656 feridos, em boa parte, mulheres e crianças, além do deslocamento à força de 1.4 milhão de pessoas.

As violações coincidem com o genocídio em curso na Faixa de Gaza, com 45 mil mortos e 106 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados. Dentre as fatalidades, cerca de 17 mil são crianças.

As ações de Israel seguem em desacato de medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), sediado em Haia, onde o Estado colonial é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida em janeiro.

LEIA: Lições não aprendidas, enquanto a guerra de Israel contra o Hezbollah começa a refletir sua derrota de 2006

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