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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Governo interino da Síria pede ação da ONU contra os ataques de Israel

Destruição deixada por invasão militar de Israel ao distrito de Qatana, na província de Rif Dimashq, no sul da Síria, em 14 de dezembro de 2024 [Bekir Kasim/Agência Anadolu]

O governo interino da Síria requisitou do Conselho de Segurança das Nações Unidas que aja imediatamente pelo fim dos ataques israelenses a seu território, além da retirada das tropas ocupantes que avançaram no país, em violação do acordo de 1974.

Israel tem avançado na Síria, conforme suas prerrogativas expansionistas, desde a queda do regime de Bashar al-Assad, há cerca de dez dias, sob um avanço relâmpago das forças rebeldes desde Aleppo até a capital Damasco.

Em duas cartas idênticas encaminhadas ao Conselho de Segurança e ao secretário-geral António Guterres, o embaixador da Síria na ONU, Qusay al-Dahhak confirmou “instruções de seu governo” sobre as demandas.

Trata-se da primeira mensagem pública do novo governo às Nações Unidas, à medida que busca contato internacional e legitimidade para esforços de transição e reconstrução. As cartas, datadas de 9 de dezembro, sucedem em um dia a fuga de Assad à Rússia.

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Segundo al-Dhahhak: “Em um momento no qual a República Árabe da Síria vive uma nova fase de sua história, em que seu povo aspira liberdade, igualdade e estado de direito, para cumprir suas esperanças de prosperidade e estabilidades, o exército ocupante israelense avança ainda mais em terras sírias, incluindo Hermon e Quneitra”.

No sábado (14), a Defesa Civil da Síria, conhecida como Capacetes Brancos, somou-se a apelos pela retirada dos batalhões israelenses dos territórios ocupados.

“À medida que os sírios esperam paz e prosperidade”, disse a organização, “após esperar por quase 14 anos por esse momento histórico, Israel lança ataques para sabotar o sonho de uma nação livre, segura e estável. Forças israelenses avançam na zona neutra e áreas adjacentes, rumo ao interior de Damasco”.

Os Capacetes Brancos notaram ainda “ataques aéreos israelenses contra infraestrutura, intimidação de civis e ocupação de terras sírias [como] violação flagrante de todas as leis internacionais e resoluções do Conselho de Segurança, além da soberania nacional e do direito do povo sírio de viver em paz e segurança”.

O colapso de Assad arrematou a guerra civil na Síria, deflagrada pela repressão brutal do regime a protestos populares por democracia, no início de 2011.

Estima-se até 500 mil de mortos pela guerra na Síria, que deslocou metade da população, sobretudo ao exterior, em uma crise de refugiados sem precedentes.

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