As famílias dos prisioneiros palestinos Marwan Barghouti e Ahmed Saadat negaram nesta quarta-feira (18) rumores difundidos pela imprensa israelense de que teriam acatado uma oferta para se exilarem na Turquia, após ambos serem soltos das prisões da ocupação, no caso de um acordo de troca de prisioneiros.
O jornal sionista Yedioth Ahronoth alegou horas antes que oficiais do Hamas contactaram as esposas de Barghouti e Saadat, para repassar os termos. Segundo o periódico, ambas as famílias “não objetaram”.
Contudo, um website de notícias palestino desmentiu os boatos israelenses.
Em breve nota, reiterou a família Saadat: “Não fomos contactados por parte alguma sobre a soltura de nosso pai ou a transferência da família à Turquia, como diz a mídia israelense. Como todos sabem, nosso pai e nossa mãe estão detidos nas cadeias de Israel e sequer temos comunicação com eles”.
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Os relatos seguem alegações de que um acordo entre Hamas e Israel, para uma trégua e troca de prisioneiros em Gaza, se aproxima, conforme negociações no Catar.
O Hamas chegou a descrever as conversas como “positivas”, mas instou Israel a parar de estabelecer “novas condições”.
A Casa Branca, do incumbente democrata Joe Biden, neste entremeio, busca uma vitória derradeira às vésperas de repassar a presidência ao republicano Donald Trump, em 20 de janeiro. Para os americanos, um acordo é “iminente”.
Barghouti — um dos líderes políticos mais populares da atualidade, cotado à presidência palestina, em caso de um Estado independente — permanece na solitária, nas cadeias de Israel, há 14 meses, no contexto do genocídio em Gaza.
Segundo relatos, Barghouti sofre tortura, espancamento e maus tratos.
Saadat, parlamentar palestino, foi sequestrado pelas forças ocupantes em Jericó, e então condenado a 30 anos de prisão.
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