O exército israelense tem usado veículos blindados de transporte de pessoal (APCs) controlados remotamente e carregados de explosivos para neutralizar dispositivos explosivos improvisados (IEDs) e armadilhas colocadas por grupos de resistência palestinos em Gaza, afirmou um diário israelense local no sábado (28), relatou a Agência Anadolu.
“A fonte das poderosas explosões ouvidas na quinta-feira no sul e centro de Israel foi o uso pelo exército israelense de antigos veículos blindados de transporte de pessoal M113, carregados com toneladas de explosivos, para detonar áreas equipadas com armadilhas e dispositivos explosivos em Gaza”, afirmou o Yedioth Ahronoth.
“Os militares usam veículos blindados de transporte de pessoal M113 fortemente blindados, cheios de explosivos, para destruir locais equipados com dispositivos explosivos remotamente”, acrescentou.
O peso dos veículos acionados aciona IEDs plantados pelo Hamas nas estradas, resultando em explosões massivas, de acordo com o diário.
Na quinta-feira, moradores de Israel relataram ter ouvido uma série de explosões. Embora o exército israelense não tenha emitido uma explicação oficial, especulou-se que eles estavam relacionados às “operações” em andamento em Gaza.
Testemunhas oculares em Gaza contaram à Anadolu sobre as demolições em larga escala dos edifícios restantes no norte de Gaza realizadas pelo exército israelense.
Israel lançou uma ofensiva terrestre em larga escala no norte de Gaza em 5 de outubro, supostamente para impedir que o Hamas se reagrupasse. Os palestinos, no entanto, acusam Israel de tentar ocupar a área e deslocar à força seus moradores.
Desde o ataque transfronteiriço do Hamas em 7 de outubro de 2023, Israel matou quase 45.500 pessoas em Gaza, deixando o enclave em ruínas.
No mês passado, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza.
Israel também enfrenta um caso de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça por sua guerra no enclave.
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