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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Retrospectiva MEMO: as notícias mais importantes do Oriente Médio em 2024

Com a virada do ano, relembre as notícias do Oriente Médio e Norte da África que ganharam destaque em nosso site, neste período que se encerra. Comece 2025 bem informado

Janeiro

O ano de 2024 começou com os olhos voltados para a Palestina, já acumulando mais de 32 mil mortos e cerca de 75 mil feridos, e para o Tribunal Internacional de Haia, que anunciou sua primeira audiência sobre a acusação movida pela Africa do Sul contra Israel por crime de genocídio. O julgamento começou em 11 de janeiro. O mês foi marcado pela morte cruel da menina Hindi Rajab, dia 29, após 7 dias presa no carro em que sua família foi morta, sem que Israel permitisse a chegada de ajuda para a criança que pedia socorro. Prosseguindo nas execuções deliberadas, uma força especial israelense assassinou três jovens palestinos dentro de um hospital em Jenin e 30 corpos são achados em escola dentro de sacos amarrados com inscrições em hebraico.

Fevereiro

O choque com as notícias do genocídio palestino provoca reações em todo mundo. Um soldado dos EUA ateia fogo em si mesmo em frente à embaixada de Israel. No Brasil, o presidente Lula compara genocídio em Gaza a Holocausto.Manifestações de solidariedade à Palestina  tomam conta até do carnaval. Organizações marcam Dia Internacional de Solidariedade à Gaza com manifestações em todo o mundo.

Março

O mês começou com mais um registro bárbaro da guerra conta Gaza: o assassinato em massa de mais de 100 famintos no momento em que buscavam comida. O bloqueio de ajuda e o ataque de palestinos em áreas de deslocamento tornaram-se armas criminosas nas mãos da ocupação. Desafiando as restrições, 125 mil palestinos celebraram o Ramadã na Mesquita de Al-Aqsa.  Acusada de favorecer Israel na na cobertura do julgamento de Haia sobre genocídio, BBC admite possível “erro” .

Abril

Abril foi o mês da descoberta das valas comuns abertas no avançar do genocídio em Gaza. Cerca de 400 cadáveres de Gaza foram encontrados nessas valas, com provas de tortura. Em busca de ações coordenadas de solidariedade à Palestina, delegação latino-americana participa da 5ª Conferência de Parlamentares por Jerusalém.

Maio

A guerra contra Gaza mexe com a juventude em todo mundo. Massacre israelense a refugiados de Rafah provoca mais reações nas universidades. Em Oxford, alunos acampados ganham o apoio de professores e funcionários.  Enquanto isso, na América Latina, mais uma tentativa de golpe na Bolívia termina com povo na rua e militares presos. Na Índia, Modi vence eleições, mas perde maioria em revés inesperado.

Junho

Uma investigação chocante, realizada ao longo de três meses pelo New York Times, confirmou detalhes de tortura, estupro e outros abusos contra palestinos prisioneiros no centro de detenção israelense de Sde Teiman. Na Arábia Saudita, 1.426 peregrinos morreram durante a realização do Hajj em Meca. Israel declara prontidão para ‘guerra total’ no Líbano, regionalizando a guerra iniciada em Gaza. Hezbollah sobe o tom.  Partidos de extrema-direita conquistaram um resultado histórico ao vencer as eleições parlamentares da União Europeia contra os blocos centro-liberais

Julho

Ismail Haniyeh, líder político do Hamas, é assassinado em Teerã, gerando especulações sobre o futuro do comando da organização em meio à guerra contra Gaza. Masoud Pezeshkian, um veterano legislador reformista, é eleito o novo presidente da República Islâmica do Irã . No Brasil, após investigações sobre a apropriação de joias sauditas presenteadas ao Brasil. Bolsonaro é indiciado juntamente com vários envolvidos no caso. Entre eles, o ajudante de ordens Mauro Cid que iniciou um processo de delação premiada. No Sudão, mulheres são forçadas à prostituição por comida.

Agosto

O mês é marcado pela maior ofensiva de Israel contra a Cisjordânia em duas décadas, deixando 11 pessoas mortas. No Brasil, em uma vitória do BDS, o governo suspende novamente a aquisição de produtos militares da empresa israelense Elbit Systems, vencedora de uma licitação do Exército em abril, no valor estimado de até R$ 1 bilhão.

Em retaliação contra os ataques israelenses aos palestinos, a Colômbia interrompe de uma vez a venda de carvão a Israel.

Setembro

Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, é morto em ataque israelense

a Beirute. Explosões de dispositivos pagers deixam centenas de membros do Hezbollah mortos ou feridos no Líbano e na Síria. Itamaraty estuda repatriação de brasileiros do Líbano.  Na ONU, a  Assembleia Geral vota por fim da ocupação israelense dentro de um ano. Enchentes deslocam 6 mil no Sudão em 7 dias.  E num momento histórico, Palestina assume assento na Assembleia Geral,

Outubro

O mês teve início com o bombardeio do coração de Beirute por Israel.

Em outubro, a gravação da morte de Yahya Sinwar por um drone, revelou que o líder do Hamas estava lutando em campo e não escondido nos túneis. E Irã bombardeou Israel com mísseis balísticos. Bolívia se junta ao processo movido pela África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) contra Israel por genocídio. Vários países agora se juntaram ao caso de genocídio contra Israel, incluindo Turquia, Nicarágua, Palestina, Espanha, México, Líbia e Colômbia. Parlamento de Israel aprova lei para banir a UNRWA como agência terrorista. impedindo com isso a chegada de ajuda a Gaza.

Novembro

Trump vence as eleições presidenciais dos EUA aumentando as incertezas sobre o cessar-fogo em Gaza. Em Israel, âncoras brindam a vitória de Trump contra Kamala Harris.

Em Haia, Tribunal Penal Internacional (TPI) emite mandado de prisão contra Netanyahu. EUA vetam novamente resolução de cessar-fogo do Conselho de Segurança da ONU sobre Gaza. Presidente do Chile pede ações do G20 contra crise humanitária em Gaza. Mortes de médicos e enfermeiros em Gaza pelos ataques de Israel chegam a mais de mil.

Dezembro

Coalizão de forças de oposição derrubam Bashar Al Assad e colapsa o regime Baath que vigorou por  61 anos da Síria. Israel ataca cidade síria e ameaça dobrar área ocupada nas Colinas de Golã.  Na Palestina, Israel mata mais 4 jornalistas,  deixando um saldo de 196 profissionais mortos desde o início da guerra. Genocídio em Gaza supera 44.900 vítimas fatais em dezembro. “Alma de minha alma” – Israel mata avô palestino que se tornou ícone em Gaza.

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Palestina: quatro mil anos de história
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