Uma emissora privada israelense, em uma reportagem investigativa exibida no sábado (28), revelou novas informações sobre o assassinato do falecido Ismail Haniyeh, ex-chefe do gabinete político do Hamas, após o governo suspender a censura sobre o caso, alegando que uma bomba foi plantada em seu quarto, relatou a Agência Anadolu.
Haniyeh foi morto dentro de sua residência durante uma visita a Teerã, capital do Irã, em 31 de julho.
O assassinato foi realizado com uma “bomba de precisão” colocada dentro do quarto de Haniyeh e controlada remotamente, disse o Canal 12 na reportagem.
O dispositivo foi plantado após a cerimônia de posse do novo presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, acrescentou.
De acordo com a investigação do meio de comunicação, os preparativos para a operação incluíram vigilância meticulosa dos movimentos de Haniyeh para garantir que ele permanecesse em uma sala específica em várias ocasiões.
A operação enfrentou um grande desafio quando o ar-condicionado no quarto de Haniyeh apresentou defeito, aumentando a possibilidade de que ele fosse transferido para outro local. No entanto, uma equipe de manutenção resolveu o problema, permitindo que o plano prosseguisse, afirmou o relatório.
O Canal 12 informou que o planejamento da operação levou meses, com fontes não identificadas descrevendo a missão como “uma das operações mais complexas e sensíveis” e alegando que Haniyeh estava desempenhando um papel fundamental no planejamento de ataques a Israel.
Em 23 de dezembro, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, admitiu a responsabilidade de Israel pelo assassinato de Haniyeh.
A admissão de Katz sobre o assassinato de Haniyeh, de acordo com veículos de comunicação israelenses como Yedioth Ahronoth e Canal 12, marca o primeiro reconhecimento público da operação por um alto funcionário israelense.
Israel continua uma guerra genocida em Gaza que matou quase 45.500 pessoas, a maioria mulheres e crianças, desde um ataque do grupo palestino Hamas em 7 de outubro de 2023.
No mês passado, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão para Netanyahu e o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza.
Israel também está enfrentando um caso de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça por suas ações em Gaza.
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