Jogadores israelenses foram reintegrados para participar do Campeonato Mundial de Boliche Indoor do mês que vem em Norfolk, Reino Unido, depois que os organizadores do torneio reverteram uma decisão anterior de proibi-los, informou a BBC.

Daniel Alomin, definido para a competição individual, e Amnon Amar e Itai Rigbi, programados para o evento de pares, tiveram seus convites inicialmente revogados após apelos para isolar o estado de ocupação enquanto ele continua seu genocídio em Gaza.

O World Bowls Tour (WBT) havia justificado a exclusão anteriormente, citando “uma escalada significativa em preocupações políticas relacionadas” após a participação israelense no Scottish International Open em agosto. A proibição, destinada a salvaguardar o “sucesso e a integridade” do evento, atraiu críticas de organizações sionistas e do parlamentar local Rupert Lowe, que a criticou como “regra da multidão”.

Na terça-feira (31), o WBT emitiu uma declaração revisada permitindo que os jogadores israelenses competissem e estendeu um pedido de desculpas pela decisão anterior.

Ele declarou: “Gostaríamos primeiramente de estender nossas sinceras desculpas a você e à PBA Israel, por qualquer aborrecimento ou ofensa que tenhamos causado pela retirada do convite aos três membros da PBA Israel antes do campeonato de janeiro de 2025. Essa não era absolutamente nossa intenção; no entanto, como deixamos claro, nos encontramos em uma posição muito difícil em relação à segurança do local e aos competidores e outros participantes.”

“No entanto, nas últimas 48 horas, exploramos maneiras práticas de superar nossas preocupações, para permitir que o convite para a PBA Israel seja restabelecido. Temos o prazer de dizer que, após discussões com várias agências parceiras, pudemos confirmar hoje um aumento na presença de segurança no evento. O Conselho da WBT está, portanto, satisfeito que esse nível aumentado de segurança que estará em vigor seja suficiente para receber a Equipe PBA Israel no evento que começa em 10 de janeiro de 2025.”

Isso ocorre apesar da pressão de vários grupos pró-palestinos, incluindo a Palestine Action e a Palestine Solidarity Campaign, que pediram a seus apoiadores que assinassem uma petição pedindo que os convites dos jogadores fossem rescindidos.

Em sua campanha, o grupo acusou Israel de cometer apartheid contra os palestinos e pediu que seus jogadores fossem banidos pelo Acordo de Gleneagles de 1977 — originalmente assinado para excluir a África do Sul.

A reintegração também ocorre enquanto Israel enfrenta um caso de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça por sua guerra no enclave.

Apesar de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU pedindo um cessar-fogo imediato, o exército israelense continua uma guerra genocida em Gaza que matou quase 45.600 vítimas, a maioria mulheres e crianças, desde um ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023.

Em novembro, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu ex-ministro da Defesa Yoav Gallant por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza.

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