Abdul-Malik al-Houthi, líder do movimento Ansar Allah — mais conhecido como houthis —, afirmou nesta quinta-feira (10) que sua organização desmontou uma rede de espionagem britânica no Iêmen, ao prender seus membros, reportou a agência Anadolu.
Em discurso gravado, al-Houthi descreveu a captura como uma importante conquista de segurança, ao insistir que o êxito da missão reflete o fracasso de “adversários estrangeiros” que operam na região.
O líder houthi, no entanto, não deu detalhes sobre a suposta rede. O governo do Reino Unido tampouco comentou as declarações.
Sobre suas ações militares, al-Houthi confirmou um terceiro confronto com o porta-aviões USS Truman, estacionado no Mar Vermelho, nesta semana, somando seis embates com embarcações militares dos Estados Unidos.
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Segundo seu pronunciamento, a confrontação frustrou com planos americanos para conduzir ataques de larga escala contra o Iêmen. “Truman mudou de rota e fugiu às águas mais ao norte”, declarou al-Houthi.
O líder iemenita corroborou ainda que as operações militares de sua organização atingiram alvos israelenses em Tel Aviv e Ashkelon.
Desde novembro de 2023, o grupo houthi mantém um embargo de facto a navios ligados a Israel e aliados no Mar Vermelho, como solidariedade efetiva aos palestinos, sob genocídio israelense em Gaza, com 46 mil mortos e 109 mil feridos.
As ações houthis tiveram impacto na economia israelense e mesmo na navegação global, ao levar corporações a prescindir do Canal de Suez em favor da rota mais extensa e onerosa do Cabo da Boa Esperança, contornando a continente da África.
Em retaliação, a favor de Israel, forças dos Estados Unidos e Reino Unido atacaram o Iêmen — considerado o país mais pobre do Oriente Médio.
As ações em Gaza seguem em desacato de resoluções do Conselho de Segurança e medidas cautelares do Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, onde Israel é réu por genocídio sob denúncia sul-africana deferida há um ano.
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