O exército da ocupação israelense ordenou novo deslocamento compulsório de famílias palestinas radicadas no centro de Gaza, na manhã deste domingo (12), em meio a rumores de um eventual acordo de cessar-fogo com o movimento Hamas.

Segundo a rede de notícias Quds Press, Avichay Adraee, porta-voz militar de Israel, expressou as ordens de evacuação em comunicado, ao instruir residentes de Nuseirat, no meio-norte, a se deslocarem novamente ao sul, para se assentarem a oeste da rodovia de Salah al-Din, que corta o território.

A ordem de evacuação, no entanto, gerou receios entre os refugiados, à medida que foi comunicada apenas pela conta de Adraee na rede social X (Twitter), sem qualquer corroboração de plataformas oficiais de Israel, como de costume.

Segundo a Quds Press, a disseminação restrita pode estar vinculada a planos para desmantelar ou reduzir as bases militares instaladas no enclave como preparativo a um suposto acordo de cessar-fogo.

Habitantes, no entanto, temem ser bombardeados nas rotas de fuga, como em ocasiões prévias nas quais a comunicação — em particular, ao público internacional — demonstrou-se opaca.

Israel mantém ataques indiscriminados a Gaza desde outubro de 2023, com 46 mil mortos, 109 mil feridos e dois milhões de desabrigados sob sítio absoluto — sem comida, água ou medicamentos. Entre as fatalidades, cerca de 17.500 são crianças.

As ações israelenses são também investigadas como genocídio pelo Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, sob denúncia sul-africana deferida há um ano.

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