Um tribunal em Kuala Lumpur adiou o julgamento de Avitan Shalom, cidadão israelense acusado de posse e tráfico de armas e munição na Malásia.
A juíza Norina Zainol Abidin deferiu o pedido da defesa para adiar o processo até que se obtenha um tradutor do hebraico, apesar do réu ser fluente em inglês. A questão do idioma foi levada à corte na última semana, após o julgamento ser retomado.
Shalom foi preso em março de 2024.
É a terceira vez que a Justiça malaia se vê forçada a adiar o processo, à espera de um tradutor. Segundo Abidin, “estamos fazendo o melhor para ter um intérprete do hebraico, para traduzir as evidências das testemunhas de acusação, mas não podemos confirmar uma data até então”.
Contudo, advertiu: “Caso não haja um intérprete de hebraico disponível, o intérprete da corte traduzirá ao senhor [Avitan] em inglês, usando linguagem simples”.
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Shalom é cidadão israelo-americano.
E março passado, autoridades malaias confirmaram apreender seis armas e 200 balas em posse de Shalom, em um hotel no centro de Kuala Lumpur.
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— Monitor do Oriente (@monitordoorient) January 9, 2025
Na ocasião, Shalom alegou preparar uma vingança no país, a serviço de gangues israelenses. Círculos do governo, no entanto, não descartaram a preparação para um atentado do Mossad, agência de inteligência de Israel.
Segundo relatos das autoridades, atividades similares foram frustradas no passado.
Após o questionamento do réu, autoridades malaias anunciaram desmantelar uma célula de tráfico de armas a partir da Tailândia, com a prisão de 16 membros. Salvo notas policiais, o governo preferiu manter silêncio sobre o caso na Justiça.
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