O Ministério de Relações Exteriores da Palestina alertou nesta segunda-feira (13) para graves consequências da campanha de incitação israelense para avançar de seu genocídio em Gaza à anexação ilegal da Cisjordânia ocupada.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
A chancelaria acusou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de “buscar preservar sua coalisão mediante privilégios ofertados a seus parceiros da extrema-direita, às custas da Cisjordânia”.
Segundo a nota, “Netanyahu usa o ciclo de violência como ferramenta política para permanecer no poder e prolongar seu governo às custas da paz e de um solução política ao conflito, capaz de garantir segurança e estabilidade à região”.
O ministério palestino pediu ação internacional, “para dar fim a esta prolongada e hedionda ocupação”.
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No domingo (11), o ministro de Obras e Habitação israelense, Yitzhak Goldknopf, pediu incentivos para que um milhão de colonos ilegais se assentassem na Cisjordânia. Conforme Goldknopf, Netanyahu tem que “aproveitar a oportunidade” para expandir as obras coloniais na Cisjordânia.
Israel intensificou violações na Cisjordânia em paralelo ao genocídio em Gaza, desde outubro de 2023, com 46 mil mortos e 109 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados sob cerco absoluto — sem água, comida ou medicamentos.
Na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, ao menos 874 palestinos foram mortos e 6.700 feridos por soldados e colonos israelenses, incluindo pogroms contra cidades e aldeias.
Em julho de 2024, o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) reconheceu a ilegalidade da ocupação israelense de décadas nos territórios palestinos da Cisjordânia e Jerusalém Oriental, ao instruir evacuação imediata e reparação aos nativos.
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