A resistência palestina em Gaza entregou à Cruz Vermelha três prisioneiros de guerra israelenses nesta quinta-feira (30), em troca de 110 presos políticos palestinos, como parte do acordo de cessar-fogo no enclave costeiro.
As informações são da agência de notícias Reuters.
Agam Berger, soldada israelense, foi libertada vestindo um uniforme militar, escoltada entre as pilhas de escombros que tomam Jabalia, no norte de Gaza.
Gadi Moses (80) e Arbel Yahud (29) se abraçaram em um vídeo publicado pelo movimento de Jihad Islâmica, ligado ao Hamas. Ambas foram entregues à Cruz Vermelha em Khan Younis, no sul de Gaza.
Os prisioneiros palestinos incluem 30 crianças, a serem levados a Cisjordânia ou Gaza até o fim do dia.
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Cinco cidadãos israelo-tailandeses capturados em 7 de outubro de 2023 foram também libertados, em acordo à parte, declararam as partes.
Os agora ex-prisioneiros de guerra devem ser transferidos a três hospitais no território designado Israel, para avaliação médica.
Em 7 de outubro de 2023, militantes do grupo palestino Hamas romperam a cerca com Israel e capturaram colonos e soldados. Tel Aviv insiste que 1.200 pessoas foram mortas na ocasião, número sob escrutínio, todavia, sob indícios de “fogo amigo” registrados pelo jornal israelense Haaretz.
Entre 7 de outubro de 2023 e 19 de janeiro de 2025 — data em que entrou em vigor o acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros —, o exército de Israel manteve ataques indiscriminados a Gaza, como crime de punição coletiva e genocídio.
Neste período, a ofensiva israelense deixou 47 mil mortos e 111 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados e 11 mil desaparecidos. Entre as fatalidades, estima-se ao menos 17.500 crianças.
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