clear

Criando novas perspectivas desde 2019

Israel fecha a principal rota do norte de Gaza para o sul

22 de março de 2025, às 15h38

Palestinos caminham pela Rua Salah al-Din entre as casas destruídas no bairro de Al-Zaytoun, na Cidade de Gaza, em 14 de fevereiro de 2025. [Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images]

O exército israelense fechou a Rua Salah al-Din, uma rota designada por Israel para passagem segura do norte de Gaza para o sul, na mais recente violação de um acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros com o Hamas, informou a mídia israelense na quarta-feira, relata a Agência Anadolu.

“Pela primeira vez desde que o cessar-fogo começou, tanques israelenses fecharam a Rua Salah al-Din em Netzarim, ao sul da Cidade de Gaza, na direção norte”, relatou o diário israelense Yedioth Ahronoth.

Ele observou que o tráfego permanece aberto para o sul ao longo da rota, usada anteriormente por moradores de Gaza deslocados para retornar ao norte de veículo. A rua costeira Al-Rashid, a oeste de Gaza, continua acessível, permitindo a viagem de pedestres para o norte.

O fechamento “é um meio adicional de pressão” sobre o Hamas e os palestinos, acrescentou o diário israelense, alegando que também visa “bloquear mais homens armados de cruzar do sul para o norte de Gaza, depois que milhares já o fizeram quando o exército se retirou do Corredor Netzarim há cerca de um mês e meio”.

LEIA: Como a linguagem normaliza o genocídio?

Nenhuma declaração oficial israelense foi emitida até as 15h10.

O Hamas condenou a ação israelense como uma “revogação total” do acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros, aprofundando o cerco de Gaza e estrangulando seu povo.

O movimento disse que acolhe qualquer proposta que avance as negociações da fase dois e um cessar-fogo permanente.

Pelo menos 436 pessoas foram mortas e mais de 670 ficaram feridas em novos ataques aéreos israelenses em Gaza desde terça-feira, quebrando o acordo de cessar-fogo que entrou em vigor em janeiro.

Quase 50.000 palestinos foram mortos, a maioria mulheres e crianças, e mais de 112.000 ficaram feridos em uma brutal campanha militar israelense em Gaza desde outubro de 2023.

LEIA: Egito nega planos para realocar 500 mil palestinos deslocados ao Sinai