clear

Criando novas perspectivas desde 2019

Israel rejeitou todas as propostas libanesas para desocupar 5 posições no sul, diz o presidente Aoun

22 de março de 2025, às 15h40

O presidente libanês Joseph em Beirute, 9 de janeiro de 2025. [Anwar Amro/ AFP/ Getty Images]

O presidente libanês Joseph Aoun disse na quarta-feira que Israel rejeitou todas as propostas do Líbano para se retirar das cinco colinas libanesas e continua mantendo vários prisioneiros, relata a Anadolu.

Durante uma reunião com a ministra das Relações Exteriores alemã Annalena Baerbock, Aoun enfatizou: “A ocupação contínua de terras e colinas no sul do Líbano por Israel obstrui a implementação da Resolução 1701 da ONU e contradiz o acordo de cessar-fogo alcançado em novembro passado.”

Ele afirmou ainda que o exército libanês, que foi implantado em todas as áreas desocupadas pelas forças israelenses, está cumprindo integralmente suas funções de manter a segurança e confiscar todos os tipos de armas.

Aoun também observou que “esforços diplomáticos e negociações estão em andamento para encontrar uma solução abrangente para a questão”. Ele enfatizou que “embora Israel tenha libertado apenas cinco prisioneiros libaneses, ainda mantém vários outros, e o Líbano continua determinado a garantir o retorno de todos os detidos recentemente presos por Israel”, de acordo com a National News Agency (NNA).

LEIA: Líbano concorda em retirar tropas da cidade fronteiriça após tensões

Um frágil cessar-fogo está em vigor no Líbano desde novembro, encerrando meses de guerra transfronteiriça entre Israel e o grupo de resistência libanês, Hezbollah, que se transformou em um conflito em grande escala em setembro.

Autoridades libanesas relataram quase 1.100 violações israelenses do cessar-fogo, incluindo a morte de pelo menos 85 vítimas e ferimentos em mais de 280.

Sob o acordo de cessar-fogo, Israel deveria se retirar totalmente do sul do Líbano até 26 de janeiro, mas o prazo foi estendido para 18 de fevereiro após Israel se recusar a cumprir. Ele ainda mantém uma presença militar em cinco postos avançados de fronteira.

LEIA: 1 em cada 3 crianças enfrenta fome no Líbano