Mais da metade dos canadenses apoia a manutenção da proibição de vendas de armas para Israel, com quase metade apoiando sua expansão para incluir um embargo total de armas bidirecional, de acordo com uma pesquisa recente, relata a Agência Anadolu.
A pesquisa da Mainstreet Research, encomendada pelo Conselho Nacional de Muçulmanos Canadenses (NCCM), descobriu que 55% dos entrevistados apoiam a proibição do Canadá de exportações de armas para Israel devido à situação na Faixa de Gaza.
Além disso, 49% acreditam que o Canadá deve ir mais longe, restringindo a venda de peças de armas, serviços militares e treinamento para Israel.
A pesquisa revelou forte apoio público aos mandados de prisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa Yoav Gallant.
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Mais de 56% disseram que o Canadá deve manter a decisão do TPI, o que teoricamente poderia levar à prisão de Netanyahu se ele entrasse no país.
Entre os eleitores do Partido Liberal, o apoio ao reconhecimento do mandado do TPI é particularmente alto, com 70% a favor. Os eleitores conservadores estão divididos igualmente sobre a questão, com metade apoiando a prisão de Netanyahu ou não tem certeza.
A pesquisa foi realizada em uma amostra de 1.090 canadenses entre 22 e 23 de março, com uma margem de erro de +/- 3% em um nível de confiança de 95%.
O Canadá anunciou uma proibição completa de todas as remessas de armas para Israel em março de 2024. A ministra das Relações Exteriores Melanie Joly disse que a decisão seguiu uma moção parlamentar que foi aprovada com uma maioria significativa.
Em setembro, o Canadá anunciou que estava suspendendo 30 licenças para vendas de armas para Israel e cancelou um contrato com uma empresa dos EUA para vender munição feita em Quebec para o exército israelense.
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