A imprensa israelense alegou nesta sexta-feira (4) que o Egito encaminhou uma nova proposta de cessar-fogo entre Israel e os grupos palestinos de Gaza, incluindo troca de prisioneiros, reportou a agência Anadolu.
Segundo a rádio militar Kan, o Cairo “apresentou uma nova proposta para preencher as lacunas entre Israel e Hamas”.
De acordo com as informações, o plano foi submetido nas últimas 24 horas, em busca de um “consenso”. A proposta, observou a reportagem, “recai em algum ponto entre a oferta dos mediadores originais, Egito e Catar, incluindo a soltura de cinco prisioneiros vivos, e de Israel, de 11 prisioneiros vivos”.
O Egito não comentou os relatos.
Israel estima que 59 prisioneiros de guerra permanecem em Gaza — ao menos 22 vivos sob bombardeios intensos do Estado ocupante.
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Israel retomou os ataques a Gaza em 18 de março, ao implodir o acordo de cessar-fogo em curso, com troca de prisioneiros, e deixar 1.249 mortos e 3.022 feridos somente no período.
No domingo (30), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu escalar ainda mais os ataques a Gaza para implementar planos de limpeza étnica e apropriação do território do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Mais de 50.600 palestinos foram mortos em Gaza pelo genocídio israelense, deflagrado em outubro de 2023, sobretudo mulheres e crianças.
Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, emitiu mandados de prisão a Netanyahu e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade cometidos em Gaza.
O Estado israelense é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.
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