Crianças estão entre as principais vítimas da agressão israelense, com ao menos 17 mil crianças mortas em Gaza desde outubro de 2023, alertou neste sábado (5) o Ministério da Educação da Palestina, em nota divulgada no Dia das Crianças Palestinas.
As informações são da agência de notícias Anadolu.
“A educação na Palestina — sobretudo em Gaza — está sob ataque direto da ocupação israelense, que continua a destruir escolas e impedir as crianças de acesso a ambientes educacionais seguros”, destacou o comunicado.
Além de Gaza, reiterou a pasta, Jerusalém e a chamada Área C da Cisjordânia ocupada enfrentam desafios diários sob as violações de Israel.
“Mais de 17 mil crianças foram mortas em Gaza, um número que reflete a gravidade da tragédia imposta às crianças”, acrescentou o comunicado. “Cada um desses números representa uma vida, memórias e experiências perdidas”.
Apesar das condições precárias, o ministério exaltou a resiliência das crianças de Gaza, que continuam a buscar educação, como caminho a um futuro melhor. A pasta indicou promover aulas virtuais e medidas alternativas para auxiliá-las.
Mais de 50.600 palestinos foram mortos em Gaza pelo genocídio israelense, deflagrado em outubro de 2023. Entre as baixas, estima-se que 60% são crianças.
Menores de 18 anos contabilizam 43% da população — com 2.1 milhões em Gaza e 3.4 milhões na Cisjordânia —, segundo o censo palestino.
Israel retomou os ataques a Gaza em 18 de março, ao implodir o acordo de cessar-fogo, com troca de prisioneiros, e deixar 1.249 mortos e 3.022 feridos desde então.
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No domingo (30), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, prometeu escalar ainda mais os ataques a Gaza para implementar planos de limpeza étnica e apropriação do território do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, emitiu mandados de prisão a Netanyahu e o ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade cometidos em Gaza.
O Estado israelense é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), também em Haia, sob denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.