A polícia israelense liberou Jonatan Urich, assessor de mídia do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, para prisão domiciliar na segunda-feira após uma ordem judicial em meio a investigações sobre alegações de recebimento de dinheiro do Catar para promover sua imagem na mídia israelense.
De acordo com a emissora pública KAN, Urich, ao lado de Eli Feldstein, outro assessor de Netanyahu, é suspeito de envolvimento em “uma série de crimes graves, incluindo suborno, fraude, quebra de confiança, vazamento de informações confidenciais, lavagem de dinheiro e contato com um agente estrangeiro”.
De acordo com o depoimento de um investigador não identificado, Urich supostamente “passou mensagens à imprensa sob o nome do gabinete do primeiro-ministro, que se acredita terem sido retransmitidas por meio de um partido com laços financeiros e políticos com o Catar, parecendo ser de uma fonte oficial ou de segurança”, disse a KAN.
A mídia israelense disse que a polícia acredita que Urich e Feldstein receberam dinheiro de uma empresa de relações públicas sediada nos EUA que trabalhava para o Catar para supostamente melhorar a imagem do estado do Golfo em Israel.
Os dois foram presos em 31 de março, com um tribunal posteriormente ordenando sua libertação para prisão domiciliar em meio a investigações em andamento sobre o caso, apelidado pela mídia israelense de “Qatargate”.
O Catar rejeitou as alegações como “infundadas”, enquanto Netanyahu chamou o caso de “caça às bruxas política” para derrubar seu governo de direita e bloquear a expulsão do chefe do Shin Bet, Ronen Bar.
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