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Um coletivo de costureiras de Gaza está transformando cobertores em roupas de alta qualidade, a fim e proteger os palestinos deslocados pelo genocídio israelense, vivendo em tendas no sul do enclave, de mais um inverno. O coletivo Linha e Agulha foi fundado por mulheres palestinos que provêm às suas famílias. Foi assim que começaram a receber cobertores doados para transformá-los em roupas, a princípio, costurando à mão; agora, com uma máquina de costura cuja energia advém de uma bicicleta ergométrica. Agora, a iniciativa oferece seus serviços a todas as famílias que lhes levam cobertores. Meninos, meninas e adultos têm suas medidas tiradas e roupas produzidas especialmente para seu tamanho. À medida que a temperatura cai, ainda sob cerco, famílias se vêm sem alternativa: abrir mão de cobertores velhos em troca de boas roupas.
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Pescadores em Gaza põem suas vidas em risco em busca de comida para suas famílias. Com uma tradição de milhares de anos, pescadores como Ramadan Hassan Zidan não apenas têm de enfrentar as mudanças do clima em alto mar como ataques da Marinha israelense e de soldados na orla.
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Veja uma cena marcante do deslocamento imposto aos palestinos de Gaza: Uma menina, descalça, foge com sua família dos bombardeios israelenses ao distrito de Shuja'iyya, na Cidade de Gaza.
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Um alfaiate de Gaza decidiu usar suas habilidades para confeccionar tendas a partir de pacotes assistenciais, com o auxílio de sua máquina de costura. A engenhosidade de Sulaiman Ouda possibilita aos refugiados que obtenham abrigo temporário a custo mínimo, em vez pagar preços exorbitantes por lona — material cada vez mais raro na região de Rafah.
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Uma delegação chefiada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) visitou o Hospital al-Shifa, na Cidade de Gaza, após o ataque de duas semanas conduzido por Israel contra o maior complexo de saúde do território sitiado, que transformou o local em uma “casca vazia de covas humanas”. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse no Twitter (X) que “restaurar mesmo a funcionalidade mínima” do hospital parece “implausível”.
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Com a ajuda de seu pai, um palestino ferido decidiu retornar ao Hospital al-Shifa, na Cidade de Gaza, em busca do corpo de sua filha recém-nascida, sepultada no local antes da invasão de duas semanas conduzida por forças israelenses no complexo de saúde.
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Um artista de Gaza usa o local de um massacre de civis em Rafah como tela para sua última obra de arte.
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Os palestinos abrigados em uma escola no campo de Al-Bureij, em Gaza, tiveram que enterrar seus mortos no quintal, transformando-o em um cemitério improvisado. Uma criança palestina relata o assassinato de seu pai e primos por Israel enquanto eles tentavam buscar suprimentos para a família abrigada em uma escola no campo de refugiados de Al-Bureij, no centro da sitiada Faixa de Gaza. A família teve que ser enterrada no pátio da escola que havia se tornado um abrigo. Outros que se abrigaram na escola também tiveram que enterrar seus mortos no pátio da escola, com medo de serem mortos se tentassem sair do abrigo.
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O cerco e os bombardeios israelenses a Gaza impuseram baixas à agricultura palestina. Muitos camponeses, no entanto, continuam a realizar seu trabalho em campo e nas estufas para alimentar suas famílias.
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Um menino palestino, deslocado pela guerra, ajuda sua família ao fazer e vender pipas a outras crianças, em um campo de refugiados em Gaza.
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Walaa Barbakh, mãe palestina tomada pelo luto, compartilhou um devastador relato de como descobriu que o túmulo de sua filha fora profanado pelas forças israelenses e que o corpo fora roubado
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Milhares de residentes e refugiados palestinos radicados em Khan Yunis, no sul de Gaza, se viram forçados a fugir ainda mais ao sul, em direção a Rafah, na fronteira com o Egito, sob o avanço de tropas e tanques israelenses, atacando diversas áreas, inclusive abrigos.
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Residentes do norte de Gaza se viram forçados a moer ração animal para substituir farinha em suas refeições, em meio à fome generalizada imposta por Israel
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“Se você não pescar, você não come”, reitera um pescador em Rafah, no sul de Gaza. Apesar dos perigos de ir ao mar durante a ofensiva militar de Israel contra o território sitiado e os riscos de ser baleado por navios da ocupação, os pescadores de Gaza continuam a pescar para que suas famílias tenham de comer. Sem acesso a combustível desde a imposição do cerco absoluto de Israel, inclusive sobre insumos energéticos, pescadores recorrem a botes para desbravar o Mar Mediterrâneo em busca de alimento.
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A mãe palestina Hanadi Abu Amsha deu à luz após ser morta pelos ataques israelenses ao norte de Gaza. Equipes médicas do Hospital Al-Awda correram para realizar a cesariana, resultando no nascimento “milagroso”. A menina, ainda sem nome, foi levada imediatamente à UTI e continua estável. Não se sabe se o bebê tem parentes vivos ou se estes têm conhecimento de que a mãe foi levada às pressas para o hospital.
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Tanques israelenses avançam em direção ao Hospital Nasser, na cidade de Khan Yunis, no sul de Gaza, pondo em risco milhares de trabalhadores, pacientes e refugiados presos no local. As cenas são similares ao ataque contra o Hospital al-Shifa, algumas semanas atrás. Assim como na ocasião, os palestinos se viram forçados a cavar valas comuns no pátio do complexo em Khan Yunis, sem poder deixar o perímetro, sob persistentes disparos de Israel.
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Qasim Hamarna, de 13 anos, leva alegria a seus concidadãos ao distribuir rosas no campo de refugiados de Rafah, no sul de Gaza. A maioria dos palestinos que hoje habitam a região foi expulsa de suas casas pelos bombardeios de Israel.
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À medida que o inverno cai sobre sua tenda, a senhora palestina Shahinaz Baker, deslocada pelos ataques israelense a Rafah, no sul de Gaza, decidiu coletar e reaproveitar trapos de lã. Com ajuda de seus netos, ela desfaz os fios antes de trazê-los de volta à vida. De suas mãos cansadas, saem gorros e casacos de crochê, que aquecem o coração das crianças deslocadas pela guerra.
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Mahmoud al-Banna instalou uma base de recarga de telefones celulares em sua tenda com ajuda de painéis solares, dando a seus concidadãos deslocados uma janela ao mundo, para que se mantenham conectados mesmo sob a catástrofe imposta por Israel.
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Um médico palestino já aposentado teve de transformar a loja de seu filho, em Rafah, no sul de Gaza, em um pronto-socorro, à medida que os bombardeios de Israel devastaram o setor de saúde do território sitiado.
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Seres humanos não são as únicas vítimas do genocídio israelense em Gaza. Animais no último zoológico do enclave sitiado também lutam para sobreviver, sem comida, água ou cuidados médicos que tanto precisam.
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Cenas de Gaza são de ‘partir o coração’, alega Blinken. Os EUA vetaram três resoluções do Conselho de Segurança por um cessar-fogo.