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Mohammed Asad, correspondente do MEMO em Gaza, comenta a mais recente ordem de evacuação israelense imposta a famílias palestinas sucessivamente deslocadas pela guerra. Israel ordenou às famílias que deixassem uma suposta “zona segura” em Deir al-Balah, em meio a ataques contra civis, deixando baixas, incluindo uma menina de 13 anos morta em sua casa.
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Um menino palestino de Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada, negou-se a aceitar ordens de um soldado israelense para deixar a rua, ao permanecer sentado em uma poltrona. O exército ocupante buscava abrir caminho a colonos ilegais para que marchassem nas ruas palestinas.
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Uma troca de socos eclodiu entre um reservista das forças israelenses e um membro da comunidade ultraortodoxa (haredim) em frente a um escritório de alistamento militar. Judeus ortodoxos protestam desde junho contra o serviço militar obrigatório.
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Câmeras de circuito fechado capturaram o instante em que um ataque aéreo de Israel atinge um grupo de civis em Deir al-Balah, no centro de Gaza.
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Judy Woodruff, correspondente sênior da rede PBS, denunciou o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, por pressionar o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, a procrastinar as negociações por um cessar-fogo em Gaza até após as eleições.
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Protestos pró-Palestina foram convocados para o primeiro dia da Convenção Nacional Democrata (DNC), em Chicago, a fim de denunciar o Partido Democrata, hoje na Casa Branca, por seu apoio ao genocídio israelense em Gaza. Manifestantes criticaram o sistema bipartidário nos Estados Unidos, ao rechaçar “o menor dos males” e condenar o uso de recursos do contribuinte em guerras sem fim. Os protestos refletem as manifestações contra a Guerra do Vietnã que tomaram a Convenção Democrata de 1968. Há forte policiamento em torno do evento.
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Prisioneiros palestinos, libertados pelas forças da ocupação através da travessia de Karam Abu Salem (Karem Shalom), devolvidos a Gaza, foram transferidos ao hospital Naser de Khan Younis para os cuidados necessários.
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Forças da ocupação israelense abriram fogo contra jornalistas palestinos que cobriam a invasão à cidade de Hamad, na região de Khan Younis. Dois jornalistas foram feridos.
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Aviões de guerra israelenses bombardearam uma escola onde centenas de palestinos deslocados se abrigavam, na Cidade de Gaza.
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“Terrorista e sabotador”, dizem residentes de colonatos ao norte ao ministro de Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir. “Não podemos voltar às nossas casas enquanto você fica passeando aqui”.
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O exército da ocupação israelense realizou disparos diretos contra jornalistas na cidade de Hamad, no sul de Gaza. O repórter Ibrahim Muharib faleceu devido aos disparos; outros ficaram feridos, incluindo a jornalista Salma al-Qadoumi, transferida ao Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, em Deir al-Balah. Segundo a Federação Internacional dos Jornalistas, ao menos 124 profissionais de imprensa palestinos foram mortos por Israel desde outubro. Ativistas estimam ao menos 169 mortos.
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Enquanto o mundo se concentra em Gaza, o ministro das Finanças de Israel, Bezalel Smotrich, lançou mão de um plano para anexar ilegalmente 3% da Cisjordânia ocupada. Sob os Acordos de Oslo, de 1993, a área a ser anexada (Área B) teria gestão administrativa da Autoridade Palestina. Ainda assim, o governo de Benjamin Netanyahu seguiu a anexá-la sem qualquer consulta ou negociação. Lideranças coloniais, ironicamente, descrevem a área como “reserva acordada”, embora a medida seja unilateral. A região abarca 41.300 acres de terras palestinas, incluindo centenas de casas e negócios a serem demolidos.
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em seu discurso de despedida na Convenção Nacional Democrata, em Chicago, na segunda-feira (19), voltou a prometer dar fim à guerra em Gaza e até mesmo reconheceu a legitimidade dos atos pró-Palestina, ao dizer: “Eles têm um ponto, muitos inocentes estão sendo mortos”.
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Um protesto por solidariedade a Gaza, na cidade de Berlim, sofreu repressão brutal pela polícia alemã, incluindo vídeos de uma mulher jogada ao chão, outra sendo asfixiada e um menor sendo espancado por oficiais do Estado. Ativistas mantêm protestos apesar da violência adotada pelo regime na Alemanha contra manifestantes civis, incluindo não somente palestinos, árabes e turcos, como ativistas da comunidade judaica que denunciam o genocídio.
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Louise Wateridge, oficial da ONU, filmou a destruição no norte de Gaza, ao passar com um comboio de assistência humanitária por uma paisagem destruída pelas bombas de Israel. Wateridge notou “casa após casa destruída”. “Eu estava do lado de um menino quando uma bomba assoviou sobre nós. Ele congelou, com espanto nos olhos. A bomba acertou um lugar próximo e ele simplesmente ficou ali, paralisado de medo. O que resta a essas crianças? Deslocamento contínuo e a constante sensação de horrores inimagináveis”.
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Crianças palestinas deslocadas pelos bombardeios de Israel puderam abraçar cães e gatos em seu campo de refugiados como parte de uma iniciativa de terapia animal em Deir al-Balah. O Centro Basmet Amal realizou a sessão junto a crianças palestinas com necessidades especiais, forçadas a deixar suas casas pelo genocídio.
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No campo para deslocados internos de Deir al-Balah, o Instituto Iqra de Educação montou quatro salas de aula em tendas para fornecer ensino às crianças palestinas, que perderam todo um ano letivo devido ao genocídio em Gaza. “Tentamos oferecer apoio às crianças para que tenham um ambiente seguro de aprendizado e lazer, dado que a guerra as privou de seu direito à educação”, comentou a professora Dina Nayef.
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A Arena O2 de Londres recusou a entrada de um casal porque um deles estava usando uma camiseta "Free Gaza". Os dois perguntaram se poderiam virar a camiseta do avesso, mas foram informados de que só poderiam entrar se a camiseta permanecesse com a segurança. Em um comentário ao MEMO, a AEG Europe, dona da O2 Arena, pediu desculpas ao casal por não ter fornecido "uma peça de roupa alternativa", mas disse que essas camisetas são proibidas de acordo com a "política de itens proibidos" do local porque "em nossa opinião razoável, [elas] podem causar perigo ou perturbação a qualquer evento ou a outros visitantes"
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100 colonos ilegais invadiram a cidade palestina de Jit na Cisjordânia ocupada e atearam fogo em propriedades palestinas, incluindo casas e carros. Testemunhas oculares relataram um "pogrom" com forças de ocupação assistindo e não tomando medidas para impedir os ataques contra civis desarmados.
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Iranianos se reúnem em Teerã para marcar o início do festival religioso islâmico xiita de Arbaeen, que comemora o 40º dia desde Ashura, onde lamentam a morte de Hussein Ibn Ali, neto do profeta Maomé (que a paz esteja com ele). O festival deste ano acontece enquanto o Irã se organiza sob a nova presidência de Masoud Pezeshkian, que venceu uma eleição antecipada convocada após a morte do presidente anterior Ebrahimi Raisi em um acidente de helicóptero.
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'Mapping My Return: A Palestinian memoir': Um livro de memórias rico e comovente no qual Salman Abu Sitta se baseia em histórias orais e lembranças pessoais para evocar vividamente o mundo desaparecido de sua família e lar do final do século XIX até a véspera da retirada britânica da Palestina e da guerra subsequente.
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Um médico canadense que trabalhou em hospitais de Gaza em março deste ano conta a história de um paciente seu, um médico de Gaza, que foi forçado a se despir sob a mira de uma arma por soldados da ocupação israelense e ficar de pé por 2 dias - em uma poça de sua própria urina e fezes - depois que ele se recusou a deixar seus pacientes.
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"Estamos fazendo uma declaração, judeus e palestinos juntos: vocês não passarão fome", diz o diretor adjunto da Standing Together, Alon-Lee, enquanto voluntários separam centenas de doações de ajuda para Gaza. A coleta em Umm Al-Fahm é uma das dezenas que estão acontecendo em comunidades palestinas em Israel, e eles esperam encher 4 vezes mais caminhões do que o planejado inicialmente.
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Nesta edição, o MEMO analisa o viés pró-Israel da imprensa na Alemanha e a influência de sua maior corporação de mídia, a Axel Springer, que exige de seus funcionários que declarem apoio a Israel para que exerçam seu trabalho. O vídeo jornalista Alexander Morris analisa a cobertura recente da imprensa alemã sobre o genocídio em Gaza e alguns exemplos flagrantes de viés pró-Israel e de um discurso falacioso de “antissemitismo importado”, como se o racismo antijudaico fosse um fenômeno oriundo de imigrantes no país, em vez de algo com raízes profundas na cultura europeia.
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“Declaramos que a campanha direta e deliberada de fome de Israel contra o povo palestino é uma forma de violência genocida e resultou em uma crise de fome em toda a Faixa de Gaza”, disseram especialistas das Nações Unidas em um comunicado de 9 de julho, após meses de alertas emitidos por diferentes organizações internacionais, especialistas, ativistas e jornalistas de que a fome está se assentando em Gaza. Israel tem uma longa história de usar a fome como arma de guerra contra o povo de Gaza, ao menos desde 2007, quando sitiou o território e restringiu seu acesso a alimentos. Oficiais israelenses se vangloriaram, por exemplo, de “por Gaza em dieta”. Contudo, desde 7 de outubro de 2023, Israel avançou de restringir a cortar absolutamente todo o acesso da população a comida e água. Qual será o impacto de tamanha campanha à Faixa de Gaza? Veja a seguir as implicações de uma catástrofe de fome causada pelo homem.
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O historiador palestino Salman Abu Sitta tinha apenas dez anos na ocasião da Nakba, ou catástrofe palestina, em 1948, quando sua família foi expulsa de sua aldeia ancestral de Beersheba mediante limpeza étnica. Como pesquisador, Abu Sitta busca retraçar o mapa e a história da Palestina e do deslocamento à força de suas comunidades desde o período do Mandato Britânico. Em conversa com o MEMO, Abu Sitta recordou a queda de sua aldeia sob ataque das forças britânicas comandadas pelo general Allenby.
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Um grupo de mais de cem colonos israelenses ilegais conduziram um novo pogrom ao invadir a aldeia palestina de Jatt (Jit), situada à beira da estrada que conecta as...
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Palestinos deslocados aguardam para receber refeições distribuídas pelo banco de alimentos Jibalia no norte de GazaS em meio a bloqueio total e ataques israelenses. Há dez meses Israel mantém bombardeios indiscriminados a Gaza, deixando mais de 40 mil mortos, 90 mil feridos e dois milhões de desabrigados. Desde então, Gaza continua sob cerco absoluto — sem comida, água, eletricidade ou medicamentos