Enquanto o mundo comemora o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, voltamos nossa atenção para Gaza. O bombardeio contínuo de Israel na Faixa sitiada resultou em um número significativo de deficiências, criando mais desafios para aqueles com necessidades especiais. Escapar dos bombardeios para muitos palestinos com problemas de mobilidade e deficiências auditivas tornou-se praticamente impossível. Muitos portadores de deficiências não conseguiram evacuar para o sul de Gaza, o que levou a uma luta mais intensa pela sobrevivência no norte.

Este jovem palestino está com muita dor, mas não há médicos para cuidar dele, não há leitos para ele e ninguém pode lhe dar algo para aliviar a dor. Ele é forçado a apenas se contorcer de dor no chão.

O premiê israelense Benjamin Netanyahu visitou o kibbutz Kfar Aza junto do bilionário Elon Musk, para apresentá-lo sua narrativa sobre o 7 de outubro. Ambos visitaram a casa de um colono morto durante uma troca de tiros e a residência de uma refém libertada nos últimos dias pelo movimento Hamas. O tour foi acompanhado pelo presidente interino do Conselho Regional, Yossi Keren, e pelo porta-voz do exército, Liad Diamond.

Nesta data, 29 de novembro de 2023, damos atenção aos palestinos em todo o mundo, para que a comunidade internacional compreenda que a questão palestina permanece em aberto e que o povo palestino em casa e na diáspora ainda é privado de seus direitos inalienáveis — autodeterminação, independência, soberania e retorno.

Forças da ocupação israelense feriram a tiros um palestino que tentava atravessar Gaza rumo ao norte pela estrada de Salahaddin, no contexto da trégua provisória.

Nossas equipes estão monitorando a cobertura de jornais e emissoras israelenses que passaram a revisitar e questionar a narrativa oficial sobre os ataques de 7 de outubro. Evidências de ‘fogo amigo’ se acumulam, isto é, cidadãos israelenses mortos por suas próprias Forças Armadas. Tais indícios foram reportados pelo Haaretz e até mesmo, de maneira inadvertida, pela imprensa estatal no Estado sionista.

Eilidh Munro, Finlay Pretsell e o ator Amir el-Masry, vencedores do Bafta escocês, usaram a plataforma para expressar solidariedade ao povo palestino e reivindicar um cessar-fogo em Gaza. Seus discursos, reiterando o desafio de filmar documentários em condições extremas, foram claramente cortados pela transmissão da BBC. A censura gerou novas críticas sobre o viés antipalestino da cobertura da estatal britânica.

Soldados israelenses organizaram um jantar tradicional judaico, em tom de conquista, no campus da Universidade Islâmica de Gaza. O local foi transformado em base militar. Em vídeo publicado nas plataformas israelenses, soldados dançam durante o evento, realizado antes mesmo do cessar-fogo entrar em vigor.

Um vídeo chocante veio à tona, mostrando um soldado israelense detonando um prédio residencial em Gaza e presenteando sua filha com a explosão. O soldado fez uma dedicatória à criança, enquanto seus colegas filmavam, fazendo uma contagem regressiva e prometendo que ela ficaria orgulhosa. Fatos como esse colocam em dúvida os argumentos de Israel de que seus ataques são"direcionados".

Os repórteres enfrentaram restrições e agressões ao informar sobre a libertação de 39 prisioneiros palestinos, incluindo 6 mulheres e 33 crianças, durante a pausa humanitária. No dia, o Hamas libertou mais 13 reféns israelenses.

A representante do Sindicato dos Jornalistas Palestinos (PJS), Shuruq As'ad, diz que ninguém poderia contar a história de Gaza melhor do que os jornalistas palestinos que vivem lá, porque eles querem ver mudanças e humanizar a experiência palestina.

Baterias de carro reaproveitadas, painéis solares, carroças puxadas por cavalos e fornos de barro são apenas algumas das coisas com as quais os palestinos da Faixa de Gaza sitiada têm contado para sobreviver em meio a uma guerra israelense total. Com a entrada em vigor de uma pausa humanitária após 45 dias de cerco total, em que não foi permitida a entrada de alimentos, água, eletricidade ou combustível na Faixa, MEMO mostra um pouco de como os habitantes de Gaza estão lidando com a situação.

Um segundo grupo de 13 reféns israelenses foi libertado pelo movimento no segundo dia da pausa humanitária. O grupo, composto em sua maioria por menores de idade, foi entregue ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha em troca da libertação de 39 palestinos das prisões israelenses. Todos os reféns aparentavam estar em boas condições de saúde e não sofreram nenhum tipo de maus-tratos.

Entre 7 de outubro e 15 de novembro, Israel recuperou o esperma de 39 soldados mortos em sua guerra em Gaza. A recuperação póstuma de esperma é um assunto controverso e vários países proíbem a prática, mas, em eventos recentes em Israel, o Ministério da Saúde flexibilizou as regras para agilizar o procedimento.

O último vídeo do Hamas captura o momento em que reféns israelenses são entregues ao Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV). Essa filmagem foi amplamente compartilhada em plataformas de mídia social palestinas e israelenses, inclusive por membros da família das pessoas retratadas.

Um ex-assessor do governo americano foi flagrado em vídeo assediando um vendedor de rua em Nova York com comentários racistas e islamofóbicos, em diversas ocasiões.

Durante seu programa Piers Morgan Uncensored, o apresentador britânico Piers Morgan entrou em uma discussão acalorada com o convidado Andrew Tate. O episódio buscou se concentrar no conflito israelo-palestino e evoluiu a um debate sobre os incidentes de 7 de outubro: resistência ou terrorismo? Tate ponderou sobre ‘ambos os lados’, ao destacar as condições de Gaza há mais de uma década. Eventualmente, a discussão regressou à fala inicial de Tate: ‘Terrorista para um, combatente da liberdade para outros’.

Nasim Ahmed, analista político do MEMO, desmente o mito de que Israel ‘não tem parceiro para a paz’ na figura dos palestinos. A alegação falaciosa de que os palestinos não querem um acordo de paz é ecoada por sionistas e aliados desde o início do mais recente massacre em Gaza. Contudo, trata-se de uma mentira que buscou justificar a partilha em 1948, sem consideração ao povo nativo, reiterado em cada encruzilhada da ocupação na Palestina.

Uma cena chocante e desoladora emergiu de Gaza: um pai ninando a filha morta por um bombardeio israelense, ambos cobertos de sangue. A imagem trágica serve de retrato ao desastre humano imposto pela ocupação israelense.

O político israelense Danny Danon incitou polêmica ao sugerir que os palestinos de Gaza sejam realocados a outros países.

A jornalista palestina Ayat al-Khadour documentou o bombardeio ao bairro de Beit Lahia, onde mora, em seu último vídeo. “Estão usando fósforo branco e bombas termobáricas”, relatou al-Khadour. Sem ter para onde ir, al-Khadour reconheceu que seriam, talvez, suas últimas palavras. Minutos após publicar o vídeo, um ataque israelense atingiu sua casa, matando a jornalista.

Enquanto a atenção global se concentra na sitiada Faixa de Gaza, um aumento perturbador na violência dos colonos foi observado na Cisjordânia ocupada, com o apoio das forças israelenses. Isso foi acompanhado de esforços intensificados para deslocar comunidades palestinas vulneráveis com ataques a campos de refugiados, escavadeiras destruindo estradas, violência contra fazendeiros e queima de oliveiras e propriedades palestinas.

Após viralizar online, o vídeo foi removido das plataformas da emissora estatal israelense. No registro, crianças cantam pela aniquilação dos palestinos de Gaza, para que os colonos voltem a “suas casas” no território costeiro.

Os críticos da guerra de Israel em Gaza dizem que a ocupação está cometendo genocídio contra os palestinos na faixa sitiada. Os defensores de Israel refutam essas alegações. Com a controvérsia sobre esse termo, MEMO trata do assunto em três partes. Na primeira, pergunta: o que é genocídio?

À medida que líderes israelenses se tornam cada vez mais abertamente desdenhosos das promessas de um Estado palestino, com direitos legítimos em suas terras, e que assentamentos ilegais exclusivamente...

Para ajudar a entender como foi possível que surgisse no Oriente Médio um estado de caráter racista, supremacista e praticante inveterado de limpeza étnica e genocídio, como é o...

yman Safadi, Ministro das Relações Exteriores da Jordânia, afirma: Não haverá tropas árabes indo para Gaza."

Três organizações palestinas registraram um contato junto ao Tribunal Penal Internacional (TPI), radicado em Haia, pela abertura de um escritório da promotoria na Palestina e para investigar Israel por apartheid e genocídio. O apelo coincide com bombardeios de Israel a regiões civis densamente povoadas de Gaza desde 7 de outubro, deixando mais de 12 mil mortos, incluindo cinco mil crianças.

Yolanda Diaz, vice-primeira-ministra da Espanha, tratou da crise em Gaza, ao denunciar a morte de 12 mil pessoas, incluindo crianças, e reiterar a urgência de reavaliar o papel das Nações Unidas e de outros mecanismos internacionais.

Durante operação de 15 horas em Tulkarem, na Cisjordânia, forças israelenses destruíram um monumento dedicado ao falecido líder da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Yasser Arafat. O exército de Israel não deu explicações sobre a medida.

Análise do MEMO sobre os vídeos da invasão aos hospitais al-Shifa e Rantisi, na Faixa de Gaza, divulgados pela CNN e pelo exército israelense revelam falsificação de provas para justificar ataques a alvos civis, sob a alegação de se tratarem de bases do grupo Hamas. Ativistas nas redes sociais dissecaram as imagens, desmentiram as supostas evidências e questionaram a ‘inteligência’ do exército ocupante.

Ao menos 50 civis foram mortos por um ataque aéreo israelense à escola al-Fakhoura, administrada pela UNRWA, agência das Nações Unidas, no norte de Gaza