Assassinatos indiscriminados

Assassinatos indiscriminados

Em apenas dez meses, Israel matou mais de 40 mil palestinos no enclave palestino — em maioria, mulheres e crianças. “Eles matam tudo que se move, incluindo os reféns, os reféns israelenses”, comentou o jornalista israelense Gideon Levy em entrevista concedida à rede The New Statesman, ao descrever as ações de seu país na Faixa de Gaza sitiada como “massacre e assassinato em massa”.

Em dezembro, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reconheceu que Israel arriscava perder apoio pelos “bombardeios indiscriminados” impostos a Gaza. O alerta se reflete pela acachapante mortalidade entre os palestinos, com famílias inteiras aniquiladas, naquilo que a Anistia Internacional descreveu como “evidências condenatórias de crimes de guerra”. Diversas redes de imprensa e organizações de direitos humanos internacionais publicaram investigações detalhadas, dossiês e análises dos ataques aéreos conduzidos por Israel a Gaza, ao demonstrar a natureza indiscriminada dos bombardeios contra a população no enclave.