Destruição gratuita

Destruição gratuita de infraestrutura civil

Soldados israelenses, em várias ocasiões, gravaram a si mesmos explodindo ou destruindo objetos de infraestrutura civil em Gaza, incluindo demolições controladas sem qualquer objetivo militar salvo a devastação, fomentando a indignação internacional. Outros registros mostram soldados passando com tratores e tanques sobre veículos e propriedades palestinas, além de casos de vandalismo contra negócios, escolas e casas, em meio a comentários racistas sobre os palestinos e apelos pela instalação de assentamentos ilegais sobre as ruínas do enclave sitiado.

O Artigo 53 da Quarta Convenção de Genebra proíbe a destruição, sobretudo pela potência ocupante, de propriedades privadas, “exceto quando designada absolutamente necessária para as operações militares”.

O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos reportou ampla destruição e demolição de infraestrutura civil pelas forças israelenses, incluindo prédios residenciais, escolas e universidades, “em áreas nas quais não ocorria o combate”. Segundo Volker Turk, chefe da agência: “Parece ser o objetivo ou ter como consequência tornar impossível o retorno de civis às áreas alvejadas”. Turk reafirmou que Israel “não apresentou razões convincentes para tamanha destruição” de infraestrutura civil e recordou as autoridades ocupantes que atos como estes, “conduzidos gratuita e ilegalmente equivalem a violação gravíssima da Quarta Convenção de Genebra [de modo que] a transferência compulsória da população civil pode também incorrer em crime de guerra”.