Violação de privacidade íntima

Soldados israelenses brincando e posando com peças íntimas pertencentes a mulheres palestinas, mortas ou expulsas de suas casas pela campanha de Israel, e então compartilhando os registros online representam uma onda inédita de comportamentos deploráveis que atraíram enorme crítica nas redes sociais.

Tais atos graves não apenas violam a dignidade física dessas mulheres e suas casas, mas os aspectos mais íntimos de suas vidas, ao tornar objetos pessoas em objetos de conquista, desumanização e ridicularização.

As cenas, gravadas contra uma paisagem devastada pela guerra, não somente expõem uma profunda falta de respeito pela propriedade e dignidade da população civil e ressaltam a falta de pudor por parte dos soldados israelenses em seu desdém para com os palestinos, como constitui efetivamente grave violação da lei humanitária internacional, que proíbe, de maneira explícita, a pilhagem de itens civis por parte das forças ocupantes. Ao reduzir as mulheres palestinas e sua vida íntima a meros objetos de entretenimento — em condições de guerra —, os soldados perpetuam ainda atitudes machistas e reforçam a assimetria de poderes e direitos inerente à ocupação.

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